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PSD lamenta a redução das possibilidades de pesca para 2021

O grupo parlamentar do PSD lamentou hoje "a redução das possibilidades de pesca para 2021", na sequência da divulgação das quotas resultantes do acordo do Conselho de Ministros Europeu das Pescas.

PSD lamenta a redução das possibilidades de pesca para 2021
Notícias ao Minuto

14:08 - 18/12/20 por Lusa

Política PSD

"O grupo parlamentar do PSD lamenta o resultado do acordo do Conselho de Ministros Europeu das Pescas, no passado dia 15 e 16 de dezembro, sobre as possibilidades de pesca para o próximo ano", pode ler-se num comunicado hoje enviado pelo partido.

Segundo o PSD, "a negociação europeia alcançada representa uma inversão da tendência registada nos últimos anos para Portugal, através de uma redução das oportunidades de pesca para o ano de 2021 para os armadores e frotas nacionais".

No entanto, reconhecendo "a exigência das negociações face ao cenário proposto inicialmente pela Comissão Europeia", o PSD não deixa de ver "com muita preocupação os efeitos que a anunciada redução das possibilidades de pesca, ao nível dos TAC [totais admissíveis de captura], terá no setor nacional da pesca", já afetado pela pandemia.

"Apostar no mar é, para além de explorar novas atividades promissoras, continuar a apoiar uma atividade basilar no nosso tecido económico, como é a pesca", defende o PSD, desafiando o Governo a desenvolver "num futuro próximo outras negociações com o objetivo de promover novas oportunidades de pesca para que o país ambicione uma pesca sustentável, rentável e duradoura".

No dia 17 de dezembro, a União Europeia chegou a acordo sobre a repartição anual dos Totais Admissíveis de Capturas (TAC) e quotas pesqueiras no Atlântico e no mar do Norte e sobre o plano para o Mediterrâneo.

Após quase 24 horas ininterruptas de negociações e devido às negociações do pós-'Brexit' (saída do Reino Unido da UE) ficou de fora a repartição anual dos TACS para 119 espécies pesqueiras de gestão partilhada com Londres, incluindo pescada, tamboril ou peixe-galo nas águas do norte.

De acordo com o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, Portugal conseguiu negociar em alta os cortes nas capturas de pescada, linguado e peixe-espada preto, face à proposta inicial da Comissão Europeia.

No que se refere à pescada, e "sem ferir os preceitos da sustentabilidade", foi negociado um corte de 5%, a que corresponde uma quota nacional de 2.495 toneladas, face aos 12,7% inicialmente propostos por Bruxelas.

As capturas de linguado serão reduzidas em 20%, um corte menor do que o de 41,5% que tinha sido proposto em outubro.

O peixe-espada preto terá um corte de 20%, menos cinco pontos do que a proposta da Comissão Europeia, tendo sido estabelecida uma quota nacional de 2.241 toneladas.

O ministro salientou ainda que continua "empenhado em trabalhar com o setor para que exista uma pesca sustentável".

Algumas das oportunidades de pesca, esclareceu também, são equivalentes ao que se pescou no ano anterior e há sempre possibilidade de trocas com outros países e outras espécies.

A Associação dos Armadores da Pesca Industrial (ADAPI) alertou que a redução das capturas de pesca pode obrigar as embarcações portuguesas a parar durante 2021.

"Nas espécies com valor comercial, as quotas aprovadas por Portugal são manifestamente insuficientes para o esforço de pesca para os casos da pescada, do tamboril, do lagostim, da sarda, do peixe-espada preto e do linguado", disse à agência Lusa Pedro Jorge Silva, presidente da ADAPI.

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