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Bloco/Madeira elege hoje líder para os próximos dois anos

Os militantes do Bloco de Esquerda na Madeira elegem hoje na V Convenção o coordenador regional que vai dirigir o partido nos próximos dois anos sendo que a escolha recairá entre Roberto Almada e Carlos Faria.

Bloco/Madeira elege hoje líder para os próximos dois anos
Notícias ao Minuto

06:00 - 26/01/14 por Lusa

Política Militantes

Nesta Convenção, que terá a presença da coordenadora nacional do BE Catarina Martins, deverá sair a orientação política do partido na Região de vir a apoiar uma coligação alargada de partidos com vista a conquistar, nas eleições legislativas regionais de 2015 a presidência do Governo Regional nas mãos do PSD desde 1976.

Este foi o desafio lançado no domingo pelo líder do PS/Madeira, Vítor Freitas, para criação de um projeto de coligação que permita afastar o PSD da governação em 2015.

O atual coordenador, Roberto Almada, é o principal subscritor da moção de orientação política intitulada "Reforçar o Bloco, lutar pela Mudança" que vai defrontar o projeto de Carlos Faria, que foi candidato nas últimas autárquicas em Santana e se propõe lutar "Por uma verdadeira democracia", inclusive interna no BE-Madeira.

Roberto Almada é apoiado por algumas das figuras bloquistas mais conhecidas na Região Autónoma, casos de Guida Vieira, Assunção Bacanhim, Maria Ganança, Fernando Letra e vários dos autarcas do partido.

Nesta moção, o atual coordenador fala de "um país em agonia" devido ao "programa de ?austeritarismo' (austeridade autoritária) imposto a Portugal pela ´troika' internacional causadora da maior calamidade social desde o 25 de abril de 1974", responsabilizando o Presidente da República, que classifica de "coveiro do país", pela sua imposição que resultou no corte de pensões, salários e prestações sociais.

Roberto Almada também censura a situação da "Madeira ajustada" por causa do Governo Regional, criador de "um monumental buraco financeiro" que resultou num programa de assistência financeira que está a ter "reflexos dramáticos e destruidores"no quotidiano dos madeirenses.

Sobre a situação interna do BE na região, realça que depois da pior derrota que levou à perda do deputado no parlamento regional em 2011, nas últimas autárquicas o partido reforçou a sua posição aumentando de cinco para 15 o número de representantes nas diferentes autarquias.

Apesar da diminuição dos recursos humanos e financeiros, o responsável sustenta ser necessário o "reforço da intervenção política militante", apostando no contacto direto com as pessoas, no reforço da difusão das propostas nas redes sociais e sítio regional na internet.

Por seu turno, o seu opositor na corrida à liderança, Carlos Faria, além de sublinhar na sua moção também a necessidade de lutar contra a austeridade, por uma sociedade mais justa e de "chamar a contas os que fizeram a dívida da Madeira", salienta que "o Bloco de Esquerda precisa de mais democracia interna".

"É preciso reconhecer que a democracia do Bloco de Esquerda não tem sido conduzida da melhor forma e os resultados estão à vista: derrotas em cima de derrotas, sem que até a data se tenha apresentado alternativas políticas para corrigir erros do passado e a atitude que tiveram foi fechar cada vez mais o partido aos aderentes", declara na moção.

"Acreditamos que a mudança dentro do Bloco de Esquerda é possível", conclui Carlos Faria no seu projeto.

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