Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
11º
MIN 8º MÁX 15º

"Aquilo que aconteceu não é razão para mudar tudo no SEF"

João Almeida considerou também que é de máxima importância que o Governo esclareça o que aconteceu, no que diz respeito à morte do cidadão ucraniano nas instalações do SEF.

"Aquilo que aconteceu não é razão para mudar tudo no SEF"
Notícias ao Minuto

16:23 - 09/12/20 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política CDS

João Almeida, deputado do CDS, considerou, esta quarta-feira, que a morte do cidadão ucraniano nas instalações do SEF, no aeroporto de Lisboa, "não é a razão para mudar tudo" no organismo. 

"É muito importante que o ministro da Administração Interna diga que responsabilidades se apuraram relativamente ao que aconteceu, quem são os responsáveis e se já estão punidos e, depois, dizer o que é que quer alterar no SEF. Aí poderemos discutir", afirmou o parlamentar centristas, em declarações prestadas esta tarde aos jornalistas, à saída do Parlamento. 

João Almeida também deixou várias críticas, em particular, a Eduardo Cabrita, afirmando que a demissão da diretora do SEF, Cristina Isabel Gatões Batista, teve por base o facto do ministro não conseguir "resolver politicamente o problema".

Sobre a implementação de um botão de emergência nas instalações do SEF, o parlamentar condenou a medida, argumentando que é mau sinal numa democracia que o Estado não consiga "garantir o bom funcionamento de um serviço de segurança".

Questionado sobre se Eduardo Cabrita tem condições para continuar no cargo, João Almeida defendeu que é preciso que o ministro esclareça "tudo o que se passou neste caso" e "mostrar que efetivamente não anda a reboque da agenda mediática, tentando escapar e não liderando o processo".

"Está ainda na oportunidade. Como sabem o ministro está para vir ao parlamento, esse será o momento para apurar se efetivamente o ministro tem ou não condições para continuar", apontou.

O centrista avisou que "o SEF é um serviço de segurança muito relevante para o país" e não se pode se pode expor "um serviço de segurança a um desgaste dia a dia no debate público".

"Eu tutelei o SEF durante dois anos e essa não era a prática corrente neste serviço. É preciso apurar se efetivamente aconteceu agora, porque é que aconteceu agora e a relação que isso tem com a liderança ou com a falta dela porque efetivamente isso não é normal, mas também não era normal no SEF", respondeu ainda.

Cristina Gatões assumiu a liderança do SEF a 16 de janeiro de 2019, em substituição de Carlos Moreira, que saiu por motivos pessoais e a sua saída, segundo uma nota do Ministério da Administração Interna (MAI), coincide com um processo de restruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

No mandato de Cristina Gatões, três inspetores do SEF foram acusados de envolvimento na morte de um cidadão ucraniano, nas instalações do serviço no aeroporto de Lisboa, a quem agrediram violentamente e que deu origem à demissão do diretor e do subdiretor de Fronteiras do aeroporto.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório