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Comunistas defendem que Covid-19 só "ampliou desumanidade do capitalismo"
O dirigente comunista Ângelo Alves defendeu hoje que a pandemia de Covid-19 só "veio ampliar e impactar na realidade, como um catalisador de tendências, expondo a decadência e natureza desumana do capitalismo".
© Reuters
Política Coronavírus
No terceiro e último dia do XXI Congresso Nacional do PCP, em Loures, o discurso do membro da comissão política do Comité Central comunista sublinhou que "os graves problemas" que se estão "a viver não nasceram com a covid-19"
"A covid-19 apenas veio ampliar e impactar na realidade, como um catalisador de tendências, expondo a decadência e natureza desumana do capitalismo", afirmou, criticando a concentração "num punhado de multimilionários da mesma riqueza de quase quatro mil milhões de pessoas", antes de lamentar os "quase mil milhões de pessoas com fome no Mundo".
Na perspetiva de Ângelo Alves, "o avanço de forças reacionárias e mesmo fascistas" e "o militarismo e guerra continuam a ser maior perigo com que a Humanidade está confrontada", com "fundas raízes na natureza exploradora opressora, agressiva e predadora do capitalismo".
O dirigente do PCP focou também a "profunda crise na e da União Europeia (UE)", com o "'Brexit', a multiplicação de rivalidades e a confirmação, na prática, de que é uma estrutura irreformável de imposições supranacionais e domínio imperialista".
Segundo os comunistas, a UE "alimenta assimetrias e o desenvolvimento de forças reacionárias, e articula-se, mesmo que com arrufos temporários, com o imperialismo norte-americano e a NATO".
"Eles bem podem tentar esconder, mas sabem que, desde Cuba à Palestina, da Síria à Venezuela, do Chile à Bielorrússia, da Bolívia ao Saara Ocidental, da índia à Colômbia, os povos resistem e lutam e, muitas vezes, impõem pesadas derrotas ao imperialismo", congratulou-se, entre aplausos dos cerca de 600 delegados do evento.
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