CDS considera congresso "falta de respeito" pelo momento que se atravessa
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou hoje que o congresso do PCP é "uma falta de respeito e vergonha" pelo momento que o país atravessa e que devia "fazer corar de apreensão" o Governo.
© GlobalImagens/Paulo Spranger
Política Congresso
"Autorizar uma concentração de 600 pessoas ao abrigo de uma atividade política não urgente, é uma falta de respeito e de vergonha que devia fazer corar de apreensão este Governo que vai minando a confiança dos portugueses em António Costa", salientou Francisco Rodrigues dos Santos.
O PCP iniciou hoje, em Loures, o seu XXI Congresso Nacional com metade dos delegados habituais. No total, serão cerca de 600 os congressistas - contra os 1.200 de 2016 - numa reunião que deverá confirmar a continuação de Jerónimo de Sousa como secretário-geral.
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, o presidente do CDS-PP defendeu que aos responsáveis políticos "exige-se idoneidade, respeito pelos sacrifícios e uma magistratura de influência capaz de dar o exemplo daqueles que devem ser os comportamentos a seguir".
"Não se percebe como é que os políticos pedem uma coisa aos portugueses e depois fazem outra, é uma falta de vergonha e de respeito pelo momento que o país atravessa", afirmou.
O presidente do CDS-PP defendeu que o primeiro-ministro, António Costa, deveria ter-se "preocupado em fazer um apelo público ao partido comunista para suspender o congresso".
"Quando se dá sinais de que a classe política pode ser uma casta à parte, os portugueses revoltam-se e dividem-se numa altura em que deviam estar unidos para congregar esforços para vencermos esta pandemia", referiu, acrescentando que o Governo "infelizmente escolheu fazer um arranjinho com o PCP em troca da aprovação do Orçamento de Estado".
Portugal contabiliza pelo menos 4.209 mortos associados à covid-19 em 280.394 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana e feriados a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
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