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Apoios para viabilizar Governo PSD/CDS "são todos bem-vindos"

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu hoje o regresso de um Governo PSD/CDS a nível nacional, admitindo que apoios que permitam a sua viabilização "são todos bem-vindos", incluindo por parte do Chega.

Apoios para viabilizar Governo PSD/CDS  "são todos bem-vindos"
Notícias ao Minuto

13:13 - 24/11/20 por Lusa

Política CDS

Em entrevista à Antena1, o líder do CDS foi questionado se é possível, a nível nacional, uma solução de governo como a que foi encontrada nos Açores.

"Eu espero que a Aliança Democrática, que é um projeto político que tem muito boas memórias no nosso país, e marcou muito boa gente, possa voltar a ter lugar em Portugal, e essa Aliança Democrática eu espero que seja composta pelo PSD e pelo CDS", afirmou.

De seguida, Francisco Rodrigues dos Santos indicou que o CDS não rejeita "um voto pela sua origem", apontando que isso "é o que acontece todos os dias no parlamento".

"Claro que, se para viabilizar um governo nós pudermos contar com o apoio de qualquer partido que seja, no quadro democrático, eleito pelo povo, se isso significar aplicar as nossas ideias, claro está, são todos bem-vindos".

No que toca ao resultado que o CDS alcançou nos Açores, nas eleições regionais de 25 de outubro, o presidente centrista indicou que as "responsabilidades são naturalmente partilhadas" entre as estruturas locais e a liderança do partido.

Questionado se sabia que o CDS/Açores tinha assinado um acordo de incidência parlamentar com o Chega/Açores, Rodrigues dos Santos começou por dizer que "o representante da República nos Açores exigiu um documento escrito, assinado, que garantisse a estabilidade da solução governativa através de acordos de incidência parlamentar".

"Conhecida esta exigência por parte do representante da República, não me opus a que a assinatura do CDS constasse do acordo de incidência parlamentar com o Chega, na medida em que o CDS/Açores, que tem autonomia, expressou a vontade de se solidarizar do ponto de vista institucional com o PSD", acrescentou, indicando estar satisfeito com esse acordo.

Há duas semanas, o líder centrista afirmou que "o CDS celebrou um acordo para a formação de governo apenas com o PSD e com o PPM" e dois dias depois, o líder do CDS nos Açores, Artur Lima, emitiu um comunicado no qual indicava que, "num espírito de lealdade institucional para com o PSD/Açores, e como forma de confirmar a coesão da solução de governo entre PSD, CDS e PPM, o CDS/Açores, ao abrigo das suas competências próprias, assinou também o acordo de incidência parlamentar do PSD/Açores com o Chega/Açores".

Sobre as críticas internas a este acordo, o presidente do CDS disse não concordar "de maneira nenhuma" que possa comprometer a posição do partido a nível nacional.

Respondendo em concreto ao antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes -- que considerou que incluir o Chega na solução encontrada "compromete a sobrevivência e a identidade" do CDS -- Francisco Rodrigues dos Santos devolveu a crítica: "O que comprometeu a sobrevivência do CDS foi o resultado das últimas eleições legislativas".

O presidente do CDS justificou também com a pandemia de covid-19 o facto de ainda só ter convocado um a vez o Conselho Nacional (órgão máximo do partido entre congressos) desde que foi eleito, há 10 meses, e considerou "completamente contraproducente estar a juntar 300 pessoas numa videoconferência, numa reunião que se quer reservada, sigilosa, e que não vaze para o exterior".

Ainda assim, disse estar "mortinho para realizar um Conselho Nacional do CDS", até "para colocar umas questões no devido lugar" e salientou que a liderança do partido "não se move pelo ruído nem pelos decibéis de críticos" e que está "muito tranquilo" com o trabalho que fez.

Francisco Rodrigues dos Santos disse ainda ter "uma ótima relação" e "de confiança" com o grupo parlamentar.

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