Isabel Moreira fala em "capitulação do PSD" perante o Chega!
Não perceber "que eleger os ciganos como um 'perigo' ou propor vigiar muçulmanos nos remete para uma tentativa de colagem ao maior horror do século XX é não perceber nada", sublinha a deputada socialista.
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Política Isabel Moreira
Isabel Moreira deixou, na manhã desta quarta-feira, uma mensagem no Facebook onde versa sobre o acordo entre o PSD e o Chega! para uma governação na Região Autónoma dos Açores. Pedindo "um pouco de noção", a deputada socialista frisa que "as pessoas que foram contra a Geringonça aproveitam o acordo do PSD com um partido racista para dizerem que tinham razão em 2015".
Considerando tal como "triste", Isabel Moreira acrescenta que "o PS não inventou o que quer que seja em 2015". "Governar a partir dos resultados eleitorais decorre da Constituição e não da cabeça de António Costa que, já agora, falou nisso em campanha eleitoral, tal como Paulo Portas também havia explicado da possibilidade de acordo parlamentar pós-eleitoral à Direita uns anos antes".
O que está em causa, defende, "não é a legitimidade de acordos de incidência parlamentar" - "Ela é límpida" - mas sim "a capitulação do PSD perante o Partido [Chega!] que representa hoje, sim, hoje, no nosso tempo histórico, o perigo, a ameaça para a Democracia, tal como os seus congéneres na Europa".
Acrescenta a socialista que "não perceber que eleger os ciganos como um 'perigo' ou propor vigiar muçulmanos nos remete para uma tentativa de colagem ao maior horror do século XX é não perceber nada".
O Chega!, prossegue, "anda de mãos dadas com quem no Mundo e na Europa ressuscita o mito racial, quer destruir a República, faz da calúnia o verbo quotidiano, rasga o humanismo penal e cola aos políticos crimes hediondos", numa "tentativa de manchar o que chama de 'sistema'".
"Como se o Chega! não fosse nada mais nada menos do que fruto desse mesmo 'sistema'. Mas da parte má", termina Isabel Moreira.
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