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Açores: Coligação de direita tem condições para governar com estabilidade

O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, defendeu hoje que o líder do PSD deve ser indigitado presidente do Governo Regional, alegando que a coligação de direita tem condições para governar com estabilidade.

Açores: Coligação de direita tem condições para governar com estabilidade
Notícias ao Minuto

20:41 - 06/11/20 por Lusa

Política CDS

"Julgo que estão criadas as condições para que haja uma legislatura com estabilidade, que os açorianos precisam", afirmou, em declarações aos jornalistas, à saída de uma audiência com o representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino, em Angra do Heroísmo.

Além do dirigente centrista, Pedro Catarino ouviu hoje representantes do PAN, do Iniciativa Liberal, do PPM, do BE e do Chega.

No sábado, receberá os representantes dos dois partidos mais votados, PSD e PS.

Artur Lima disse ter transmitido ao representante da República "a vontade do povo dos Açores", que "decidiu nas urnas que queria mudar de rumo, queria mudar de caminho e queria uma alternativa de governo".

"O CDS veio aqui dizer ao senhor representante da República que integra uma coligação juntamente com o PPM e liderada pelo PSD, com vontade de formar governo nos Açores, respondendo aos anseios do povo açoriano e que não aceitará qualquer outra solução de governo, senão esta", frisou.

Para o dirigente centrista, o líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, "deverá ser indigitado presidente do Governo".

"A nossa condição essencial, dos três, foi formar um bom governo para os Açores, um governo estável e de alternativa ao Partido Socialista. É isso que nos move, a humildade e o espírito de serviço aos açorianos, nada mais", sublinhou.

Questionado sobre a posição do líder nacional do CDS-PP quanto ao apoio do Chega à coligação que o partido integra, Artur Lima salientou que o partido tem autonomia na região.

"O líder nacional do CDS, de quem sou, com muito gosto, vice-presidente, apoiou aquelas que são as decisões autonómicas dos órgãos regionais do CDS. É uma decisão tomada em autonomia, pelos órgãos regionais do CDS e com todo o apoio do dr. Francisco Rodrigues dos Santos", apontou.

O Partido Socialista venceu as eleições legislativas regionais dos Açores, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo apenas 25 deputados.

O PSD foi a segunda força política mais votada, com 21 deputados, seguindo-se o CDS-PP com três. Chega, BE e PPM elegeram dois deputados e Iniciativa Liberal e PAN um cada.

PSD, CDS-PP e PPM, que juntos têm 26 deputados, já anunciaram um acordo de governação, mas necessitam de 29 deputados para alcançar uma maioria absoluta.

O PAN reiterou que não viabilizará uma solução governativa na região, que envolva o Chega, mas o Iniciativa Liberal admitiu vir a fazer um acordo de incidência parlamentar com a coligação de direita, caso sejam aceites as reivindicações do partido.

O Chega fez saber pelo seu líder nacional, hoje de manhã, que o partido iria "viabilizar o governo de direita nos Açores", após ter chegado a um acordo com o PSD em "vários assuntos fundamentais" para a Região Autónoma e para o país, informação que foi corroborada pelo líder regional do partido, após a audiência.

Já o Bloco de Esquerda disse estar disponível para viabilizar um programa de governo do PS, mas não para aprovar acordos de governação ou incidência parlamentar com o partido, rejeitando ainda apoiar uma coligação de direita, que conte com o apoio do Chega.

De acordo com o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, cabe ao representante da República nomear o presidente do Governo Regional "tendo em conta os resultados das eleições", mas só depois de ouvir os partidos políticos representados no parlamento.

A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores integra 57 deputados e terá pela primeira vez oito forças políticas representadas.

A instalação da Assembleia Legislativa está marcada para o dia 16 de novembro. Habitualmente, o Governo Regional toma posse, perante o Parlamento, no dia seguinte.

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