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CDS exorta Governo a rever distribuição do programa de Investimentos

O CDS-PP criticou hoje a distribuição das verbas do Programa Nacional de Investimentos 2030 no que toca a infraestruturas e transportes e instou o Governo a equilibrar as previsões, para contrariar o "abandono claro" do interior.

CDS exorta Governo a rever distribuição do programa de Investimentos
Notícias ao Minuto

16:28 - 04/11/20 por Lusa

Política CDS

Em declarações à agência Lusa, o deputado João Gonçalves Pereira criticou a distribuição das verbas previstas no PNI 2030 para o litoral e para o interior, depois de ter analisado as previsões em termos de mobilidade e transportes públicos, ferrovia, rodovia, e nas áreas aeroportuária e marítimo-portuária.

Segundo contas feitas pelo deputado, "dos 44 programas" previstos, 21 são destinados às comunidades intermunicipais do litoral enquanto os restantes 23 "são transversais".

"Do total, que são 21,7 mil milhões de euros do PNI 2030 para a área das infraestruturas e transportes, 14,2 mil milhões são para estes 21 programas", referiu João Gonçalves Pereira, indicando que para os restantes 23 programas estão previstos "7,5 mil milhões de euros".

Colocando um cenário "improvável mas otimista, que há uma divisão igualitária entre litoral e interior das verbas para estes 23 programas", o deputado do CDS antecipa "apenas 17% de investimento para o interior" e assinala que o Alta Tâmega e a Lezíria do Tejo "nem sequer têm nenhum projeto".

"Isto significa que há 87% do investimento em infraestruturas e em transportes que fica no litoral do país", critica, salientando que o interior junta "28% da população".

Assim, na ótica do centrista, existe um "abandono claro do interior" no PNI 2030.

"Não devia chamar-se Plano Nacional de Investimentos 2030, devia chamar-se o Plano de Abandono do Interior 2030", ironiza João Gonçalves Pereira, falando numa "flagrante injustiça".

O deputado do CDS instou então o primeiro-ministro a "olhar para este plano e trazer o equilíbrio que não existe" na distribuição das verbas entre o litoral e o interior do país.

Ressalvando que "há um investimento grande no litoral por via do TGV", o democrata-cristão insiste que "retirando esse investimento, continua a haver um desequilíbrio muto grande".

Este é um "Governo que diz que aposta no interior, que até cria um ministério para a Coesão Territorial", mas "parece que é apenas propaganda", critica.

"O apelo que o CDS faz é que o primeiro-ministro coloque alguma ordem no Governo e analise este PNI, dando mais equilíbrio para mitigar o fosso que existe e as assimetrias que existem entre litoral e interior do país", insistiu o deputado, defendendo que "o interior não pode ficar esquecido".

Em 22 de outubro, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o PNI 2030 vai envolver 43 mil milhões de euros, dos quais 12 mil milhões de euros saídos dos orçamentos do Estado.

No que respeita ao programa, o chefe de Governo considerou que todos os investimentos apresentam a prioridade comum do combate às alterações climáticas, através de apostas na mobilidade, na energia e na água, "reforçando a coesão territorial, a competitividade e a sustentabilidade".

"Metade dos investimentos serão aplicados na área no transporte e mobilidade. Neste capítulo, 50% vão para a ferrovia. Vamos dedicar 30% do investimento à energia, 18% ao ambiente e dois por cento ao regadio", especificou.

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