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PAN afirma que Governo pondera confinamento na 1ª. quinzena de dezembro

PAN admite que certas "liberdades" sejam restringidas, mas exigem mais ao Governo para que estas sejam respeitadas por parte da população.

PAN afirma que Governo pondera confinamento na 1ª. quinzena de dezembro
Notícias ao Minuto

18:36 - 30/10/20 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Política Covid-19

A reunião entre o PAN e António Costa, esta tarde, em São Bento, para discutir as novas medidas a adotar perante o aumento de casos de Covid-19, em Portugal, também já terminou.

Após o encontro, André Silva levantou o véu aos jornalistas e anunciou que o Governo pondera decretar confinamento geral na primeira quinzena de dezembro para preservar o período de Natal, mas adiantou que essa medida não é certa e requer vigência do Estado de Emergência.

O parlamentar disse que a possibilidade de se repetir um confinamento geral, tal como aconteceu em março e abril, durante a primeira metade de dezembro, "foi aflorada em termos de fim de gradualismo, ou como uma medida mais restritiva".

"Na opinião do primeiro-ministro, se for o caso, essa medida procura antecipar ou prever aquilo que poderá ser um impacto enorme ao nível do Natal, fazendo com que as pessoas fiquem mais consciencializadas e reduzam os contactos. É preciso que se chegue ao Natal com a possibilidade de juntar a família", justificou.

O porta-voz do PAN adiantou no entanto que "essa medida não está certa e segura, mas que tudo dependerá daquilo que resultar da posição do Presidente da República, na medida que depende de uma declaração de estado de emergência".

Em relação a esse confinamento geral, "não é um dado adquirido, mas é uma hipótese que está em cima da mesa, antevendo um agravamento do contexto epidemiológico", acrescentou.

Recolher obrigatório "é desnecessário". Surtos ocorrem noutros contextos

Já sobre o recolher obrigatório, proposto por António Costa, André Silva adiantou que o PAN considera que, "neste momento, sob pena de uma revisão de posição, é absolutamente desnecessário decretar" essa medida porque os surtos ocorrem noutros contextos e não durante esse período de tempo.

"Nós, neste momento, não somos favoráveis a esta medida porque a achamos desnecessária. Os surtos estão a ocorrer nos transportes públicos, no contexto laboral e familiar. Portanto, é fora desse horário [de madrugada] que se verificam os contágios" justificou André Silva.

Durante as mesmas declarações, o PAN revelou que o Governo pretende aplicar a mais concelhos as medidas aplicadas a Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras e estas deverão ter impacto em "mais de metade da população do país".  Dados mostrados pelo primeiro-ministro a André Silva mostram que, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, apenas Gaia e Oeiras estão, neste momento, abaixo da média de 240 novos casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

"O PAN concorda genericamente com esse conjunto de medidas, exceção feita a uma em que, de facto, não conseguimos acompanhar: A interdição de visitas e lares e centros de idosos. Por uma questão de saúde mental, é fundamental que estas pessoas possam receber visitas", alegou o deputado do PAN.

Antes de terminar a sua intervenção, André Silva revelou que admitiu a António Costa que possam ser "impostas determinadas medidas e restringidas determinadas liberdades", mas que deixou claro ao primeiro ministro que o PAN e "os portugueses exigem mais do Governo".

"Há um desequilíbrio entre aquilo que é pedido e exigido e aquilo que o Governo está a fazer nos transportes públicos, por exemplo, e a nível do SNS", atirou, explicando que falta gel, mais horários, mais carruagens, autocarros e lugares marcados e reforço dos profissionais de saúde dos hospitais públicos.

Leia Também: O que foram os partidos dizer a António Costa? Há alertas e avisos

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