Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Rio admite não ser fácil juntar todos os partidos de direita numa maioria

O presidente do PSD, Rui Rio, rejeitou hoje intrometer-se nas decisões da estrutura regional dos Açores, mas admitiu que, tendo em conta o fracionamento da direita, "não é fácil conseguir juntar todos os partidos" numa maioria.

Rio admite não ser fácil juntar todos os partidos de direita numa maioria
Notícias ao Minuto

06:36 - 26/10/20 por Lusa

Política Açores

Na sede do PSD/Porto, Rui Rio reagiu aos resultados das eleições regionais dos Açores de domingo, nas quais o PS perdeu a maioria absoluta e o PSD conseguiu eleger 21 deputados, mais dois do que em 2016, enquanto o PS elegeu 25, menos cinco do que há quatro anos.

"Em face destes resultados, a governabilidade dos Açores não é simples, porque a esquerda não consegue maioria", afirmou.

Sendo "verdade que a direita tem mais do que a esquerda" e que "a direita toda, efetivamente, consegue" atingir uma maioria, Rui Rio apontou que "a direita toda é muito fracionada, tem muitos partidos e, portanto, é algo que não será fácil".

"Não me quero intrometer naquilo que é uma decisão que cabe à comissão política regional dos Açores, e sabem que isto é sempre melindroso. As autonomias são sempre muito ciosas da sua autonomia", justificou, perante a insistência dos jornalistas para uma abertura do PSD em juntar-se aos partidos de direita que conseguiram eleger deputados.

Assim, "não como presidente do PSD, mas analisando os resultados", o social-democrata reiterou que "não é fácil conseguir juntar os partidos à direita porque, ainda por cima, são muitos".

"Tenho a minha ideia sobre aquilo que eventualmente irá acontecer, mas não queria dizer", disse apenas.

Assim, de acordo com Rui Rio, "será o PSD nos Açores que irá determinar aquilo que pretende fazer, sendo que antes disso também o PS, que é quem vai ser chamado a fazer o Governo regional, terá de decidir a forma como o irá o fazer".

"O primeiro passo é do PS e não do PSD, porque foi mais votado do que o PSD", sinalizou.

Questionado sobre se ficaria surpreendido se outro partido à direita do PSD viabilizasse um governo minoritário socialista nos Açores, o presidente do partido respondeu apenas: "penso que não é muito normal o CDS, no continente, assumir uma posição feroz e violenta contra o PS e depois, numa região autónoma, fazer uma coligação de Governo".

O PS perdeu hoje a maioria absoluta nas eleições regionais dos Açores, só tendo conseguido eleger 25 deputados do total de 57 parlamentares da Assembleia Legislativa Regional.

O PS governa a região desde 1996, mas apenas nas eleições realizadas em 2000 obteve maioria absoluta, renovada nos escrutínios de 2004, 2008, 2012 e ainda em 2016, ano em que obteve 30 mandatos.

De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Direção Regional de Organização e Administração Pública (DROAP), o PS ganhou as legislativas regionais de hoje, com 39,13% (40.701 votos).

PSD, com 33,74% (35.091 votos), garantiu 21 mandatos, seguido pelo CDS-PP com 5,51% (5.734 votos), que elegeu três deputados, além de um parlamentar em coligação com PPM (com 115) votos.

O Chega, que concorreu pela primeira vez às regionais dos Açores, teve 5,06% (5.260 votos), elegeu dois deputados, tal como o BE, que alcançou 3,81% (3.962 votos).

PPM obteve 2,34% (2.431 votos) e elegeu um deputado, além de um outro eleito em coligação com o CDS-PP.

A Iniciativa Liberal, que também concorreu pela primeira vez à Assembleia Legislativa dos Açores, conseguiu 1,93% (2.012 votos) e elegeu um deputado, assim como o PAN que teve percentagem idêntica e apenas menos oito votos.

A coligação PCP/PEV, que tinha elegido um deputado há quatro anos, não conquistou qualquer mandato, tendo obtido 1,68% (1.745 votos).

Recomendados para si

;
Campo obrigatório