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CDU insiste na distribuição da riqueza e valorização da produção regional

A CDU voltou a defender hoje a valorização da produção regional e a aposta num turismo sustentável, numa ação de campanha em Ponta Delgada, em que ficou sublinhada a necessidade de distribuir melhor a riqueza.

CDU insiste na distribuição da riqueza e valorização da produção regional
Notícias ao Minuto

13:35 - 17/10/20 por Lusa

Política Açores

"'Tá' mau, 'tá' ruim, não há clientes, não há nada... o dinheiro está escasso", atirou uma vendedora do Mercado da Graça, quando questionada pela comitiva da CDU sobre como vão as coisas.

Rui Teixeira, cabeça de lista pelo círculo de São Miguel nas regionais de 25 de outubro, respondeu: "Ele existe, está é mal distribuído".

"Venderam-nos o peixe de que estamos todos no mesmo barco, mas não estamos. Estamos todos no mesmo mar e ele está mau, mas há uns que têm um iate e outros que têm um tronco de árvore", prosseguiu o candidato comunista.

Num dia em que se cruzaram, no Mercado da Graça, as ações de campanha da CDU, coligação que junta o Partido Comunista e Os Verdes, e da Iniciativa Liberal, o coordenador regional comunista, Marco Varela, destacou a importância daquele "mercado emblemático" para a CDU, que considera "fundamental uma aposta clara na produção regional".

Frisando a importância de "criar condições para alargar os apoios à agricultura e à sua diversidade, nomeadamente em termos de hortícolas e frutícolas", o líder regional, que se candidata pelos círculos do Corvo e de compensação, destacou que "este tipo de produtos de valorização" da região podem "potenciar as questões do turismo".

Já o cabeça de lista por São Miguel, Rui Teixeira, sublinhou que "a parte mais fraca do turismo, e aquela que mais sofre neste momento, é o trabalhador do turismo [...], esses estão no fim da linha de tudo quanto é apoio".

"A nossa preocupação é como é que temos a nossa região de forma económica, social e ambientalmente sustentável, e o que reconhecemos [...] é que o modelo económico - e temos aqui a identificação entre o PS, PSD e CDS, porque, na prática, partilham a sua opinião - não coloca a questão da pobreza e da distribuição riqueza no centro da política", afirmou.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

A CDU concorre a todos os círculos eleitorais.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um. Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

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