Segundo o edital publicado hoje pela DGAL, na sua página na Internet, com o apuramento geral dos resultados das eleições realizadas na terça-feira para a CCDR do Alentejo, votaram 1.185 dos 1.288 eleitores inscritos.
A candidatura de António Ceia da Silva, que até agora liderava a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, obteve um total de 512 votos dos votantes do colégio eleitoral, sendo eleito o novo presidente da CCDR do Alentejo.
Já Roberto Grilo, que presidia à CCDR alentejana desde 2015, perdeu as eleições, visto que a sua candidatura assumidamente independente reuniu 418 votos, ou seja, menos 94 do que a do seu opositor na corrida eleitoral a este organismo.
No ato eleitoral de terça-feira, foram ainda registados 246 votos brancos e nove votos nulos, de acordo com o edital com os dados oficiais, assinado pela diretora-geral das Autarquias Locais, Sónia Mendes Ramalhinho.
Ainda antes de serem divulgados estes números oficiais, na terça-feira à noite, Roberto Grilo assumiu a derrota nas eleições e desejou felicidades António Ceia da Silva, prometendo "continuar a trabalhar" pela região.
"Parabéns e felicidades para Ceia da Silva, o Alentejo precisa que ele faça um bom mandato. Já lhe transmiti isso mesmo. Dentro das minhas possibilidades e oportunidades, vou continuar a trabalhar pelo Alentejo", disse, numa nota enviada à agência Lusa.
O colégio eleitoral para a eleição do presidente da CCDR do Alentejo foi de 1.288 autarcas, entre presidentes de câmara, vereadores e eleitos municipais.
A Lusa contactou o vencedor, que se escusou de momento a prestar declarações.
O candidato único a vice-presidente da CCDR do Alentejo, Aníbal Reis Costa, também na eleição de terça-feira, obteve 26 dos 42 votos validamente expressos do respetivo colégio eleitoral, constituído, neste caso, pelos 47 presidentes de câmara da região (registaram-se 15 votos brancos e um nulo), indicou a DGAL.
Mais de 10.000 autarcas foram chamados a eleger pela primeira vez, na terça-feira, através de colégios eleitorais regionais, os cinco presidentes das CCDR, que eram até agora nomeados pelo Governo.
Os candidatos eram seis, um por cada uma das estruturas, à exceção da do Alentejo, que tinha dois candidatos.
Foi também eleito um vice-presidente para cada CCDR, continuando o Governo a nomear o outro.
Apesar de ser formalmente uma eleição, a maioria dos candidatos resultou de um acordo entre o Governo e o líder da oposição, Rui Rio, e o sistema não é consensual.
As CCDR são serviços desconcentrados da Administração Central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respetivas regiões, como a gestão de fundos comunitários.