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Livre boicota novo modelo que considera "uma farsa com aspeto de eleição"

Os deputados eleitos pelo Livre anunciaram hoje que vão boicotar as eleições para as presidências das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) por considerarem o processo "uma farsa com aspeto de eleição" e uma escolha "que não existe".

Livre boicota novo modelo que considera "uma farsa com aspeto de eleição"
Notícias ao Minuto

17:15 - 13/10/20 por Lusa

Política CCDR

O Livre "considera que as eleições que se realizam hoje, dia 13 de outubro, são uma farsa com aspeto de eleição e que a escolha não existe", pode ler-se numa nota enviada à imprensa pelo partido.

Com deputados eleitos nas câmaras municipais de Lisboa e de Felgueiras, o partido aponta que o acordo entre o PS e o PSD chegaram "resulta na existência de candidatos únicos à maioria das CCDR", transformando-as numa "simulação de legitimidade eleitoral".

Para o partido da papoila, estas eleições são uma "tentativa de substituição por parte do governo da necessária e fundamental regionalização", pretendendo com esta ação "relançar o debate sobre o processo de regionalização e o necessário referendo".

Citados em comunicado, os deputados Paulo Muacho e Patrícia Gonçalves, eleitos por Lisboa, salientam que não foram apresentados programas nem feitos debates sobre a matéria com os membros do colégio eleitoral, apontando que "face à composição dos órgãos autárquicos de cada região, já se sabe à partida que partido tem a maioria e conseguirá a presidência da CCDR".

Já o deputado eleito por Felgueiras, Mário Gaspar, lembra que o modelo defendido pelo partido da papoila defende a "eleição direta dos responsáveis políticos".

Mais de 10.000 autarcas podem eleger hoje pela primeira vez, através de colégios eleitorais regionais, os cinco presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR), que eram até agora nomeados pelo Governo.

Além da votação dos colégios eleitorais, constituídos pelos membros dos executivos e das assembleias municipais de cada câmara das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, os presidentes das 278 câmaras do continente elegem também um dos dois vice-presidentes das estruturas da região a que pertencem.

Os candidatos são seis, um por cada uma das estruturas, à exceção da do Alentejo, que tem dois candidatos.

Apesar de ser formalmente uma eleição, os candidatos resultaram de um acordo entre o Governo e o líder da oposição, Rui Rio, do PSD, e o sistema não é consensual.

O movimento independente do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, apelou ao boicote dos autarcas às eleições, considerando-as "uma farsa que, sob a capa de uma eleição, encobre uma eleição".

Segundo a lei, aprovada no final da legislatura passada, os mandatos para os presidentes e vice-presidentes das CCDR serão de quatro anos e a respetiva eleição decorrerá nos 90 dias seguintes às eleições para os órgãos das autarquias locais.

No entanto, excecionalmente, este ano decorrerão em outubro e o mandato será de cinco anos, para que os novos eleitos possam acompanhar as negociações dos fundos estruturais que estão a decorrer com Bruxelas.

As CCDR são serviços desconcentrados da administração central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respetivas regiões, como a gestão de fundos comunitários.

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