Açores: Demografia é o "grande desafio" da região
O presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, considerou hoje a "demografia" como o "grande desafio" do futuro da região, salientando ser necessário fixar pessoas no território para combater o despovoamento das ilhas e o envelhecimento da população.
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Política PSD
"É preciso fixar as populações no território e é preciso criar oportunidades para que os jovens em particular se fixem e possam sentir que têm futuro na sua terra e com isso rejuvenescer a nossa população. Sim, a demografia é o grande desafio dos Açores para o futuro", declarou Bolieiro à agência Lusa.
O presidente do PSD/Açores falava na Horta, no Faial, onde acompanhou a visita do líder nacional do partido, Rui Rio, no âmbito da pré-campanha eleitoral para as eleições regionais de 25 de outubro.
O líder dos sociais-democratas açorianos destacou que a "demografia" do arquipélago apresenta duas "complexidades": uma relativa ao "despovoamento das ilhas" e outra quanto ao "envelhecimento demográfico".
Para "valorizar" cada ilha, disse, é necessária a "criação de um mercado regional" como forma de promover a "economia, a empregabilidade e a riqueza".
"O potencial de cada ilha valoriza-se com a criação de um mercado regional, um mercado que potencie a complementaridade entre ilhas, a descoberta da vocação de cada uma e a competitividade entre o nosso produto regional com o produto exterior", apontou.
Na ocasião, a propósito da visita de Rui Rio, José Manuel Bolieiro considerou que a presença das direções nacionais partidárias ajuda a "combater" o centralismo.
"Todos os partidos tem o seu 'quê' de muitas vezes centralista e é preciso combater essa tendência e esse esquecimento, e, por isso, marcar presença, ser solidários, chamar as direções nacionais ao nosso território é uma oportunidade para os sensibilizar para a nossa realidade", afirmou.
Bolieiro afirmou que fez "questão" que a direção nacional do PSD visitasse os Açores como forma de contribuir para um "Portugal inteiro", que inclui a "geografia continental" e a "geografia atlântica".
Pelo PS, não está prevista a deslocação do secretário-geral do PS, António Costa. À agência Lusa, fonte oficial daquele partido disse que "dadas as limitações na circulação e no contacto", o partido tem tido presente na campanha o presidente do PS e também ex-presidente do governo regional açoriano, Carlos César.
Sobre a não deslocação de António Costa, o presidente do PSD/Açores frisou que tem sido "demonstrativo" a falta de solidariedade entre o PS/Açores e a direção nacional socialista.
"Tem sido demonstrativo que a relação entre o PS/Açores e o PS nacional em matéria de soluções governativas não tem sido muito solidária", assinalou.
As próximas eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.
O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.
Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.
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