OE: "Esperaremos pelo documento, mas não prevejo nenhuma boa surpresa"
Cecília Meireles destacou que "Governo escolheu negociar este Orçamento com os partidos à sua Esquerda" e, por isso, há um documento que "dá muito menos importância à iniciativa privada do que à função pública e ao investimento público".
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Política CDS
Após o PSD, BE e PCP, foi a vez do CDS-PP falar aos jornalistas à saída da reunião mantida com o Executivo onde foram divulgadas as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2021. Cecília Meireles começou por destacar que "o Governo escolheu negociar este Orçamento com os partidos à sua Esquerda" e, portanto, "aquilo que resulta da apresentação é o que já sabíamos: há um Orçamento que dá muito menos importância à iniciativa privada do que à função pública e ao investimento público e que acha que o motor da economia é o Estado e o investimento público".
Neste sentido, no entender do CDS, "quem fica esquecido neste Orçamento é, precisamente, o investimento privado e as empresas e os seus trabalhadores que lutam para sobreviver numa economia que é ainda muito incerta".
Outra das "preocupações" transmitidas pelos centristas, sublinhou a deputada, foi que "para salvaguardar postos de trabalho é preciso que estas empresas sobrevivam e, como tal, era importante que houvesse medidas, designadamente medidas fiscais ou medidas de apoio a fundo perdido" que fossem "transversais a todas as empresas".
"Percebemos que não é isso que está previsto", continuou, acrescentando que "o que está previsto são ou medidas fiscais cirúrgicas ou a continuação da política das linhas de crédito que resolve o problema de algumas empresas mas, no futuro, se vai tornar num monumental problema".
Sobre a posição do CDS na votação do OE2021, Cecília Meireles deu "a resposta clássica": "Nós primeiro lemos o documento mas, naturalmente, o CDS representa uma alternativa a este Governo e este Orçamento que é negociado e elaborado à Esquerda". "Esperaremos pelo documento, mas não prevejo nenhuma boa surpresa. Ficará muito aquém", rematou.
Confirmando os números do défice previstos pelo Governo - prevê entre 7% e 7,5% para este ano, de 4% para 2021 - a deputada do CDS referiu que "o mais importante em anos de pandemia não é o défice", mas sim "perceber se nós, em relação aos fundos europeus que vão ser recebidos, os vamos usar para fazer reformas a sério ou para gastar dinheiro e, ao fim de três ou quatro anos termos perdido uma oportunidade".
As reuniões onde o Governo apresentará as linhas gerais do OE2021, que se realizam ao abrigo do Estatuto do Direito de Oposição, terão lugar na Assembleia da República, a partir das 9h30, e abrangerão os partidos com representação parlamentar (à exceção do PS, que sustenta o Governo), bem como as duas deputadas não inscritas.
O primeiro partido a ser recebido foi o PSD, seguindo-se, durante a manhã, BE, PCP, CDS-PP, PAN e Verdes. À tarde, as reuniões serão retomadas às 14h30 com o Chega, seguindo-se a Iniciativa Liberal, a deputada Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e a deputada Cristina Rodrigues (ex-PAN).
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