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Bloco diz que tem "algumas respostas" para o diagnóstico de Marcelo

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) defendeu que o partido tem apresentado, nas últimas semanas, "algumas respostas" para a crise que o Presidente da República diagnosticou hoje no discurso do Dia da Implementação da República.

Bloco diz que tem "algumas respostas" para o diagnóstico de Marcelo
Notícias ao Minuto

13:52 - 05/10/20 por Lusa

Política 5 de Outubro

"Este discurso teve três ideias fortes. Um apelo a uma resposta forte à crise pandémica, mas também social e económica. A indicação de que estas respostas à crise não podem ser apenas para os privilegiados e, uma nota que decorre desta, uma rejeição dos compadrios e da corrupção", analisou Pedro Filipe Soares.

Em reação ao discurso de hoje do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nas comemorações do 110º aniversário do 5 de Outubro, o líder bloquista defendeu que nessas ideias "se compreende algumas das respostas que o Bloco de Esquerda tem dado nas últimas semanas".

"Em particular na preparação do Orçamento do Estado para 2021, porque todos percebemos que esta crise não pode deixar o país com os mesmos problemas estruturais que já tinha, não pode deixar o país com a fragilidade das relações de trabalho, que já era um problema que tinha de ser corrigido, que o reforço dos serviços públicos é a garantia que ninguém fica sem cuidados de saúde", defendeu,

E acrescentou que "o 'ganguesterismo' financeiro não pode continuar a ser recompensado e que, no momento que existe uma enorme pressão económica se transforme também numa enorme crise social, ninguém pode ser deixado para trás".

Prioridades que Pedro Filipe Soares disse estarem nas sugestões entregues ao Governo, "para que o OE não falhe ao essencial" e "também estão de certa forma alinhadas com as preocupações que o senhor Presidente da República hoje enunciou".

"Este discurso, da nossa parte, tem uma materialização concreta que é este processo negocial com o Orçamento de Estado em que temos apresentado estas prioridades que são aquelas que respondem, no essencial, às urgências que as pessoas sentem na crise económica e social que está a avançar e às respostas que o país tem de dar na frente pandémica para garantir que esta segunda vaga não seja pior que a primeira", defendeu.

Pedro Filipe Soares considerou que Marcelo Rebelo de Sousa fez "um diagnóstico que tem uma subscrição alargada na sociedade, agora a materialização das soluções, das saídas é que é algo que o senhor Presidente não elenca dando espaço para que os partidos o possam fazer".

Neste sentido, disse que o BE está "disponível para construir um OE que não falhe no momento essencial ao país e, por isso, responde à crise, a estes problemas estruturais que abriram as portas a que a crise cavasse mais fundo, quer do ponto de vista económico e social, quer do ponto de vista pandémico".

"Esta nossa disponibilidade não é uma disponibilidade oca, sem conteúdo, é sim uma firme convicção de que estas são as urgências às quais temos de dar uma resposta forte no Orçamento de Estado e é para isso que estamos disponíveis", assumiu.

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