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PCP prepara-se para viabilizar OE abstendo-se, diz Marques Mendes

Comentador avançou com a notícia no seu espaço de comentário na SIC.

PCP prepara-se para viabilizar OE abstendo-se, diz Marques Mendes
Notícias ao Minuto

22:17 - 04/10/20 por Notícias Ao Minuto

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes disse este domingo, no Jornal da Noite da SIC, que o PCP se prepara para viabilizar o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) ao optar pela abstenção. De acordo com o comentador, o partido já apurou as questões essenciais com o Governo.

Considerando esta uma "reviravolta", Marques Mendes diz que esta mudança de posição acontece devido a três razões.

Em primeiro, pela "excelente relação" entre António Costa e Jerónimo de Sousa, "do ponto de vista pessoal e político". 

Depois, porque o PCP é um "partido com memória", um "partido grato" ao Governo, que nos últimos tempos, "de alguma forma, ajudou" a CGTP e o PCP, nomeadamente na Festa do Avante!. "Ainda esta semana o primeiro-ministro propôs a condecoração da CGTP", notou. 

A terceira razão enunciada pelo comentador prende-se com o facto de o PCP sentir que o Orçamento viabilizado só com o Bloco poderia "causar algum incómodo". "No fundo, no fundo, o PCP sentiu que o OE sendo só viabilizado com o BE lhe poderia causar algum incómodo, porque o Orçamento vai ter algumas medidas sociais positivas, inovadoras e importantes", o que "criaria algum embaraço ao PCP ser o Bloco a apropriar-se destas medidas".

Para Marques Mendes, a abstenção do PCP "prova" que, quando se trata de negociações políticas, sobretudo à esquerda, António Costa "é um homem com sete fôlegos". Portanto, "convém nunca o desprezar nem o menosprezar". 

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, apresentam na terça-feira aos partidos as linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2021.

Na sexta-feira passada, Duarte Cordeiro sinalizou "avanços" nas negociações com os partidos. No entanto, já este domingo, Catarina Martins deu conta de alguns impasses negociais em várias matérias, nomeadamente na questão do Novo Banco, recusando-se, contudo a traçar cenários. 

O PCP, por seu turno, destacou no sábado que o partido "continuará a bater-se por resposta ampla e profunda"

Na quinta-feira, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, Costa afirmou que "já chega" a Portugal que haja crise sanitária gerada pela Covid-19 para também ter uma crise política relacionada com o Orçamento do Estado para 2021, adiantando que as negociações decorrem "no bom sentido".

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