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OE? "PCP continuará a bater-se por resposta ampla e profunda"

O secretário-geral do PCP vincou hoje que intervém na discussão sobre o Orçamento do Estado de 2021 para dar resposta aos problemas económicos e sociais do país e não para responder a crises políticas criadas artificialmente.

OE? "PCP continuará a bater-se por resposta ampla e profunda"
Notícias ao Minuto

18:06 - 03/10/20 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Política Orçamento do Estado

Jerónimo de Sousa abordou este sábado, durante o encontro de quadros do PCP, no Porto, a posição comunista sobre o Orçamento de Estado.

"Desde logo, PCP intervém na discussão do Orçamento do Estado de 2021 para responder aos problemas económicos e sociais que atingem os trabalhadores, o povo e o país e não para responder a crises políticas criadas artificialmente ou condicionado pelo critério dos que pensam que têm o monopólio da definição do interesse nacional", afirmou Jerónimo de Sousa.

O comunista falava no encerramento do encontro 'Organização e intervenção do partido nas empresas e locais de trabalho', no âmbito das comemorações do centenário do PCP, no Porto.

Rejeitando "toda e qualquer tentativa de o condicionar nas suas opções e decisões", o secretário-geral garantiu que o PCP não faltará com a sua iniciativa e proposta em todos os momentos em que se decida sobre a vida do país.

Depois de um Orçamento Suplementar onde se revelou uma "clara opção pelo favorecimento dos interesses do capital", o que se impõe agora é mudar de rumo, entendeu.

"O que se exige é que se assuma uma viragem nas opções, critérios e prioridades que condicionam e em larga medida impedem o desenvolvimento do país, a começar pelo Orçamento do Estado para 2021", sublinhou.

"No momento em que estamos, o PCP está a bater-se e continuará a bater-se para que o OE contenha uma resposta tão ampla e profunda quanto a amplitude e gravidade dos problemas nacionais que enfrentamos", começou por referir o secretário-geral do partido comunista. 

O orçamento, apontou, não determina tudo o que impõe concretizar para dar resposta aos problemas com que os trabalhadores, o povo e o país, se confrontam e "cuja solução não pode ficar à espera do próximo Orçamento".

"Falamos do aumento geral dos salários para os trabalhadores do setor privado, do setor público e da administração pública, que há 11 anos têm os salários congelados. Falamos do aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros, da revelação das normas gravosas de legislação laboral, a reposição do princípio do tratamento mais favorável aos trabalhadores", continuou. 

No que diz respeito ao aumento geral dos salários, ele impõe-se, não apenas como uma necessidade para a melhoria das suas condições de vida, "mas como estímulo à criação de emprego e ao desenvolvimento económico", frisou Jerónimo de Sousa, sublinhando que esse "é um aspeto decisivo para responder à situação atual". 

Para Jerónimo de Sousa, o que a atual situação reclama "não são meras declarações de aparente distanciamento do PS ao PSD, mas de rompimento com as opções que, no essencial, o PSD também assumiria se fosse Governo".

O entendimento entre os partidos e o Governo na votação do Orçamento de Estado para 2021 ainda não foi alcançado, mas o Presidente da República afirmou, na quinta-feira, acreditar que o "bom senso vai prevalecer".

O primeiro-ministro disse esta quinta-feira que "já chega" a Portugal que haja crise sanitária gerada pela Covid-19 para também ter uma crise política relacionada com o Orçamento do Estado para 2021, adiantando que as negociações decorrem "no bom sentido".

[Notícia atualizada às 18h31]

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