CDS desafia Governo a revelar apoios para a economia e fiscalização

O presidente do CDS-PP desafiou hoje o Governo a revelar que fatia das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência 2020/30 vai afetar à economia e quais os mecanismos de controlo e fiscalização na sua aplicação.

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Lusa
23/09/2020 17:02 ‧ 23/09/2020 por Lusa

Política

CDS

 

"Vão servir para ajudar as empresas amigas do regime ou vão ser efetivamente escrutinadas com mecanismos de máxima transparência e mínimo de burocracia para que o dinheiro chegue a quem mais precise?", questionou Francisco Rodrigues dos Santos, em Leiria, no final de uma visita à indústria de plástico Plastidom.

O líder centrista pretende que o Governo divulgue o montante "que vai entregar à economia para apoiar a recapitalização das empresas e apostar na produtividade".

Temendo uma segunda vaga da pandemia da covid-19, Francisco Rodrigues dos Santos considerou ser preciso revitalizar as empresas nacionais para que "possam sobreviver ao impacto das quebras na faturação e conduzir Portugal a uma recuperação, que será lenta e gradual".

Para Francisco Rodrigues dos Santos, "é preciso ter confiança de que o dinheiro que Bruxelas vai entregar a Portugal sirva para ajudar as pequenas e médias empresas, que é quem cria emprego, gera riqueza e pode salvar postos de trabalho, e não para alimentar uma máquina do Estado cada vez mais gorda".

"O Governo de António Costa não pode utilizar o dinheiro de Bruxelas para uma festa de interesses do bloco central e sentar à mesma mesa as empresas amigas", enfatizou o presidente do CDS-PP, pedindo máxima transparência na distribuição dos apoios.

"Numa altura em que estão a ser desenhadas novas regras de contratação pública que passam a definir como norma geral o ajuste direto que, no período da covid-19, já adjudicou 260 milhões, é, talvez, de desconfiar de que é necessário dar mais um bocadinho de clareza e máxima transparência a este processo de atribuição de verbas para que cheguem a quem efetivamente precisa de ser apoiado", defendeu.

O líder centrista vai insistir com o Governo para que o "primeiro-ministro diga quais são os mecanismos que pretende criar para que se evite um capitalismo amiguista e, por outro lado, que se forme uma teia de interesse e de clientelismo que pretende apenas sentar à mesma mesa do Orçamento as empresas que continuam no radar do Governo como sendo as destinatárias dos convites para contratar com o Estado".

"A fatia de dinheiro Bruxelas que vamos receber é bastante generosa, mas não queremos que ela seja uma lista de compras para obras públicas, despesismo e aumento do domínio do Estado na economia, como já se viu no passado", frisou Francisco Rodrigues dos Santos.

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