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Rio pergunta se Governo quer "fomentar desemprego" com aumento do SMN

O presidente do PSD questionou hoje o primeiro-ministro se pretende "fomentar o desemprego" com a promessa de um "aumento significativo" do Salário Mínimo Nacional, comparando essa atitude à do executivo socialista liderado por José Sócrates em 2009.

Rio pergunta se Governo quer "fomentar desemprego" com aumento do SMN
Notícias ao Minuto

15:51 - 23/09/20 por Lusa

Política Plano 2020/2030

"Faz-me lembrar quando o Governo do PS do engenheiro Sócrates aumentou os funcionários públicos em 2,9% sem condições para o fazer e em seguida teve de cortar esses salários", criticou Rui Rio, no arranque no debate parlamentar sobre o esboço do Plano de Recuperação e Resiliência.

Em seguida, a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, admitiu ter ficado surpreendida com este "contributo para o debate" por parte do PSD, mas considerou que "faz jus à história" do partido.

"Não estávamos à espera que o senhor deputado Rui Rio recuperasse argumentos de 2015 sobre o papão do aumento do Salário Mínimo Nacional como se isso fosse impedir o crescimento da economia", lamentou.

O líder do PSD reiterou que este plano deve ter como prioridade as empresas e disse ser favorável a aumentos do SMN num quadro de "desemprego baixo e com economia a crescer".

"Mas no presente em que o desemprego é enorme, em que a economia está a cair e a inflação é nula e negativa, qual o objetivo do Governo em aumentar o SMN? Fomentar mais o desemprego, aumentar mais as falências, agravar os custos das empresas?", questionou, dizendo estar consciente que este discurso "não é agradável" e "não rende um voto".

O líder do PSD manifestou ainda a sua preocupação sobre a forma como Portugal irá gastar o "muito dinheiro" que virá da União Europeia "em muito pouco tempo", defendendo que o país "tem índices de corrupção elevadíssimos e que o combate à corrupção em Portugal é francamente ineficaz".

"O meu receio, e penso que o de todos os portugueses, é que uma parte vá parar a bolsos indevidos, empresários desonestos, agentes públicos corruptos", afirmou, questionando o Governo se tem alguma estratégia para prevenir estas situações.

O líder do PSD deixou até algumas sugestões: "um observatório dedicado a esta matéria, uma lei penal agravada para este efeito, um departamento especial da Procuradoria Geral da República".

Na primeira intervenção do PS no debate, Ana Catarina Mendes salientou que o país "atingiu em fevereiro a menor taxa de desemprego de sempre" e, numa resposta ao líder do PSD, defendeu que não se pode agir como "se só os últimos seis meses contassem para a história de Portugal".

"O que a história nos prova é que um Estado social forte é capaz de dar resposta às necessidades da saúde, da escola pública, da proteção social", defendeu.

A líder parlamentar socialista elogiou ainda o que classificou como "o olhar atento do Governo aos mais velhos", saudando que o plano tenha um capítulo dedicado ao investimento na rede nacional de cuidados integrados.

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