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Marcelo? "Foi mais presidente dos poderosos do que propriamente do povo"

Jerónimo de Sousa deu uma entrevista à Antena 1 onde defendeu ainda que o Bloco Central é "um objetivo do Presidente da República".

Marcelo? "Foi mais presidente dos poderosos do que propriamente do povo"
Notícias ao Minuto

13:26 - 23/09/20 por Notícias Ao Minuto

Política Jerónimo de Sousa

O líder do PCP considerou, numa entrevista concedida à Antena 1 e que foi para o ar esta quarta-feira, que Marcelo Rebelo de Sousa não foi o Presidente de todos os portugueses e que pretende 'reavivar' um Bloco Central, procurando "branquear" o PSD e trazê-lo para o "campo governativo". 

"O Presidente da República vai-me perdoar, mas acho que o Presidente tem uma visão um bocado elástica da Constituição", começou por afirmar o líder comunista, apontando que, "em matérias cruciais, como por exemplo a legislação laboral, que foi aprovada na Assembleia da República, o Presidente da República assinou de cruz".

"Em termos concretos, em momentos decisivos em que o Presidente da República foi chamado a pronunciar-se, muitas vezes ficou, como digo, do lado de lá, ou seja, do seu lado, no fundo... tem a sua opção política e ideológica, obviamente, e não foi capaz de dar corpo, substância e realização a esse princípio de defesa e cumprimento" da Constituição, defendeu.

Já questionado sobre se Marcelo não foi, então, o Presidente de todos e portugueses, Jerónimo foi taxativo: "Não, foi mais o presidente dos poderosos do que, propriamente, do povo, designadamente dos trabalhadores"

Bloco Central? "É um objetivo do Presidente da República"

Para o secretário-geral do PCP, "assistimos, claramente, à posição do Presidente da República de procurar branquear o PSD, trazê-lo, enfim, para o campo governativo, com entendimentos entre o PS e o PSD". 

Instado a responder sobre se Marcelo Rebelo de Sousa defende a existência de um Bloco Central, o comunista considerou que "pode não ser tão formal, mas, formal ou informal, naturalmente, é um objetivo do Presidente da República". 

"O PS, o PSD, tal como o PCP, são livres de tomarem as opções que entenderem e repetir uma experiência falhada como foi aquele Bloco Central que existiu, será da responsabilidade do Partido Socialista e do PSD", frisou.

Em relação ao seu partido, Jerónimo de Sousa garante que o PCP não vai "em nenhuma circunstância, perder o poder soberano" que tem "em relação à intervenção nos conteúdos". No plano político, vão "procurar o reforço do nosso partido, capaz de responder aos problemas que aí estão colocados na ordem do dia", concluiu.

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