BE lamenta que Porto não tenha aderido à Semana Europeia da Mobilidade
O Bloco de Esquerda criticou hoje a decisão da Câmara do Porto de não aderir à Semana Europeia da Mobilidade, que mobilizou 76 municípios portugueses, lamentando que o presidente da autarquia tenha seguido a política do seu antecessor.
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Política BE
"Mais uma vez o município do Porto dirigido por Rui Moreira ficou de fora. Razões para o município aderir à Semana Europeia da Mobilidade não faltam. Desde logo o tema deste ano, assegurar a mobilidade para todos e caminhar para zero de emissões, objetivos tão decisivos na transição energética e na mitigação/adaptação às alterações climáticas. Mas, mais uma vez, a Câmara dirigida por Rui Moreira quis, nesta matéria, seguir a política de Rui Rio, seu antecessor", assinala a Concelhia do Porto do Bloco de Esquerda (BE), em comunicado.
A Semana Europeia da Mobilidade, que começou em 16 de setembro e terminou na terça-feira, mobilizou mais de 2.700 cidades europeias, sob tema das "Emissões Zero - Mobilidade para Todos".
O tema deste ano reflete o objetivo da União Europeia de ser "o primeiro continente neutro em termos de clima até 2050", com especial destaque à importância de um acesso a transportes zero emissões e à promoção de uma mobilidade inclusiva.
Para o BE/Porto, a realização da Semana Europeia da Mobilidade na cidade poderia constituir mais uma oportunidade de expor a quem vive e trabalha neste município os desafios que as cidades enfrentam e a necessidade de reduzir a prevalência dos modos de transporte assentes nos combustíveis fósseis tão prejudiciais à qualidade de vida e ao planeta.
"Mas são outras as escolhas de quem dirige a Câmara do Porto", lamentam.
O BE salienta que, nos últimos 10 anos, no Porto, contabilizaram-se mais de 100 mortos e 200 feridos graves vítimas dos mais dos 10.000 acidentes de viação registados neste período.
"Das vítimas, da sua evolução clínico profissional, dos impactos económicos e sociais da sinistralidade ocorrida nos arruamentos da cidade, quase nada se fala. São uma das manifestações negativas da excessiva circulação de veículos de combustão na cidade", defende a concelhia.
A degradação ambiental, o aumento das doenças respiratórias e cardiovasculares e os efeitos na paisagem urbana são outras das consequências do predomínio do automóvel sobre as pessoas assinaladas pelos bloquistas que consideram que a proteção do ambiente "causada pelo modo de produção capitalista" deve ser um dos grandes princípios orientadores das políticas municipais.
"Tem vindo a crescer (e ainda bem) a exigência cidadã para que as autarquias locais adotem políticas que diminuam o tráfego automóvel e incentivem as deslocações a pé, em bicicleta e através do transporte público não poluente. E têm-se realizado iniciativas, como as greves climáticas, mobilizando principalmente os jovens. É este o caminho a percorrer: mais mobilização, mais intervenção na definição das prioridades políticas locais", defende a concelhia do Porto.
Inserido na Semana Europeia da Mobilidade esteve também o Dia Europeu sem Carros, que decorreu no dia 22 de setembro nos municípios aderentes.
A Semana Europeia da Mobilidade assenta numa parceria entre redes de autoridades locais e especialistas em mobilidade e comunicação, os coordenadores nacionais (representantes de ministérios e agências nacionais) e a Comissão Europeia. Em Portugal, esta iniciativa é coordenada pela Agência Portuguesa do Ambiente.
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