Chega: Militante questiona "vertigem autoritária" de alguns dirigentes

A militante do Chega/Porto Cristina Silva questionou hoje a "vertigem autoritária" de alguns dirigentes que pretendem impedir eleições nas distritais e concelhias do partido.

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Lusa
19/09/2020 14:31 ‧ 19/09/2020 por Lusa

Política

Chega

"O direito ao voto é um direito adquirido que não deve ser posto em causa. Não parece ser esse o pensamento de todos os militantes do nosso partido", alertou a militante, ao defender a sua moção de estratégia perante a II Convenção do Chega, que decorre em Évora.

Inicialmente apresentada pela mesa da Convenção como estando afónica, mas surgindo, afinal, com uma voz cristalina, Cristina Silva pediu a marcação de eleições em todas as distritais e concelhias no prazo de 30 dias.

"Só assim se acabará com a pouca transparência e as ligações pouco claras entre as distritais e concelhias", defendeu, depois de se queixar de "antigos maus hábitos a que a democracia pôs fim" protagonizados por elementos do partido "que dentro das distritais querem manter sob controlo todas as concelhias".

Advertindo que "falar a uma só voz é mais próprio de um partido único da 'cortina de ferro'", a militante portuense chegou a referir-se à situação a nível local como "uma completa vergonha".

"Não pode sob pretexto algum parecer menos democrático", argumentou, recebendo algumas palmas dos militantes.

E os alertas para a falta de democraticidade interna no Chega não se ficaram por aqui.

Ana Ferrinho, de Leiria, pediu a criação de um órgão de recurso para o "conselho de jurisdição comunista" do partido, questionando a "prepotência e arrogância" de alguns militantes, numa crítica ao vice-presidente da distrital, que tinha falado no início.

A troca de acusações começou logo após a intervenção de André Ventura no arranque da convenção de Évora.

Luis Paulo Fernandes, vice-presidente da distrital de Leiria, um homem que percorre Portugal com os seus carrosséis e que sentiu pela primeira vez, com o Chega, o apelo à militância partidária, questionou o presidente da sua estrutura, chegando a classificar de "lamentáveis" algumas decisões.

"Não quero que mais nenhuma distrital passe por isto", disse.

O tom de ataques mútuos levou o presidente da mesa a pedir moderação nas intervenções, até porque à hora de almoço os trabalhos iriam "entrar em direto" nas televisões.

 

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