Bloco pede mais professores, assistentes e espaço. "Estamos atrasados"
Coordenadora do Bloco de Esquerda defende uma articulação entre o Ministério da Educação e as autarquias para se encontrarem espaços públicos amplos para as escolas utilizarem neste ano lectivo de modo a ser cumprido o distanciamento recomendado entre os alunos.
© Global Imagens
Política Catarina Martins
Catarina Martins defendeu esta quarta-feira que é preciso mais professores, mais assistentes operacionais e mais assistentes técnicos nas escolas do país para assegurar o cumprimento das regras sanitárias definidas pela Direção-Geral de Saúde (DGS) para evitar a propagação do novo coronavírus em ambiente escolar.
E dando como exemplo aquilo que estão a fazer outros países (nomeadamente Espanha e Dinamarca), a coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou que em Portugal "também já devia estar a acontecer uma articulação entre o Ministério da Educação e as autarquias para identificar mais espaços, para além das escolas, espaços públicos amplos que as escolas pudessem usar para garantirem mais distanciamento e segurança aos alunos".
Em declarações à RTP, à margem de uma visita a uma escola em Leiria, Catarina Martins indicou que o reforço de professores, assistentes operacionais e técnicos, bem como a articulação com as autarquias para se encontrem mais espaços, "já devia ter sido feito", lamentando que o país esteja "um pouco atrasado" nessa questão. "Há meses que o dizemos (...) e o apelo que fazemos ao Governo é que não espere mais".
A bloquista considerou ainda "injustificável" e "inadmissível" que "já depois de constituídas as turmas de ensino articulado", o Ministério da Educação tenha cortado o financiamento. "Agora, a alunos da escola pública, selecionados para o ensino da música e que integram as turmas constituídas pelos agrupamentos escolares, são apresentados dois caminhos: ou abdicam de estudar música ou têm de pagar propinas", lamenta, defendendo que o Governo "tem de assumir o pagamento da oferta de vagas que foram apresentadas e não pode negar o acesso a alunos que já estão matriculados".
As escolas públicas começaram esta segunda-feira a abrir portas e voltar a receber os alunos do 1.º ao 12.º ano, que regressam ao ensino presencial, interrompido em março devido à pandemia de Covid-19.
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