BE defende ensino presencial, mas alerta: "Precisamos de mais meios"
Catarina Martins visitou hoje a Escola Secundária Virgílio Ferreira, em Lisboa.
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Política Catarina Martins
A líder do Bloco de Esquerda visitou, esta segunda-feira, uma das escolas que recebeu os filhos dos profissionais essenciais no combate à pandemia de Covid-19 durante o confinamento no país. Em declarações aos jornalistas, a líder do BE defendeu o ensino presencial, mas deixou algumas críticas ao Ministério.
"Com setembro arranca o ano letivo e, seguramente, uma das tarefas mas importantes que o Governo tem é ter as escolas a funcionar. Um ano letivo presencial é fundamental para os alunos- para toda a gente - e á única forma de a aprendizagem acontecer. Portanto temos de concentrar os esforços em garantir que o ano letivo pode funcionar e em segurança", começou por referir.
"As escolas aprenderam muito e hoje estamos numa das escolas que continuou a funcionar durante o período em que as escolas estiveram encerradas. Uma experiência muito bem sucedida", assinalou, referindo que "não houve nenhum surto" nas escolas que funcionaram para receber os filhos dos profissionais essenciais do país.
"Quem trabalha nas escolas sabe como proteger os alunos e professores", disse, ressalvando, contudo, que agora as escolas vão funcionar com mais alunos, sendo necessários "mais meios". "A nossa preocupação é essa. Precisamos de mais trabalhadores, de muito mais assistentes operacionais, para garantir que há presença de gente a tomar conta das nossas crianças e jovens, durante todo o horário letivo, que será maior", referiu.
"É aqui que precisamos de investimento urgente", reiterou a líder do Bloco de Esquerda. "Tem de ser o Ministério da Educação a fazer a sua parte. O ministério tem de garantir a contratação de muito mais operacionais, assistentes técnicos e professores", acrescentou.
"Há uma matéria que não tem sido abordada e que é muito séria. Ainda não sabemos quantos professores vão estar disponíveis para dar aulas, porque, como todos os outros profissionais que façam parte do grupo de risco, têm direito à sua baixa médica. Por isso mesmo, o Ministério tem de saber agora que vai ter menos professores e começar a contratar já. Vão faltar professores se não forem contratados".
"Não tem nenhum sentido termos deixado arrastar até setembro o levantamento de professores", vincou.
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