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Mediterrâneo Oriental não pode tornar-se "zona de conflito"

O Mediterrâneo Oriental "não pode tornar-se numa zona de conflito" e os diferendos existentes devem ser resolvidos através de negociações ou pela via judicial, defendeu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva.

Mediterrâneo Oriental não pode tornar-se "zona de conflito"
Notícias ao Minuto

17:10 - 28/08/20 por Lusa

Política Santos Silva

Por essa razão, os chefes das diplomacias dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram hoje voltar a enviar à Turquia a mensagem de que esperam uma alteração do comportamento "ilegal e agressivo" que tem adotado em relação ao Chipre e à Grécia, caso contrário será objeto de sanções europeias.

"Entendemos que o Mediterrâneo Oriental não se pode tornar uma zona de conflito", afirmou Augusto Santos Silva, contactado telefonicamente pela Lusa para Berlim, onde participou no Conselho informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

"Os problemas e diferendos que existem, designadamente entre o Chipre e a Turquia, relativamente à soberania de cada um dos países sobre o domínio marítimo, devem ser resolvidos como os diferendos são resolvidos no mundo civilizado contemporâneo, [...] através das negociações e, se houver impasse nas negociações em relação às questões jurídicas, através dos processo jurídicos adequados", defendeu.

Santos Silva apontou a Turquia como "responsável principal" da atual "ausência de diálogo e conflitualidade" no Mediterrâneo Oriental, pelo "padrão de comportamento" que tem tido, "pondo em causa a soberania de Chipre e da Grécia e fazendo prospeções ilegais em águas disputadas", comportamento que "tem de ser alterado".

"O acordo a que hoje chegámos foi para justamente iniciar um processo que permita habilitar-nos com a possibilidade de aplicar sanções adicionais, se a Turquia persistir no comportamento que nos parece ilegal e agressivo atual", disse, referindo-se às conclusões da reunião.

"A nossa mensagem é que esperamos uma alteração do comportamento [da Turquia] nos próximos dias e semanas. E entretanto vamo-nos preparando para a eventualidade, infeliz mas possível, de isso não acontecer", acrescentou.

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