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"Depois de um ministro forte, vem uma ministra que não conhece nada"

Francisco Louçã analisou, este sábado, o caso do lar de Reguegos de Monsaraz, onde morreram 18 idosos.

"Depois de um ministro forte, vem uma ministra que não conhece nada"
Notícias ao Minuto

23:58 - 22/08/20 por Notícias Ao Minuto

Política Francisco Louçã

Francisco Louçã analisou, este sábado, no seu espaço de comentário na SIC Notícias, o caso do lar de Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 idosos, e o "celeuma político" que o relatório da Ordem dos Médicos trouxe a Portugal desde que foi divulgado.

O fundador do Bloco de Esquerda começou por relembrar que uma IPSS, como é o caso deste lar de idosos, "é uma espécie de negócio, onde uma parte das despesas é paga pelo Estado", ou seja, "devia garantir melhores condições". O que, segundo Louçã, não acontece.

"O caso de Reguengos tornou-se um caso de política importante mas, sobretudo, um caso revelador da falta de estrutura, de profissionalismo, de coordenação das autoridades, da falta de conhecimento atempado, da falta de atenção, porque se fizermos a fotografia, percebemos que há muitos pontos obscuros nesta história", atirou o conselheiro de Estado.

Perante um "filme dos dias dos acontecimentos que não está a correr bem" e uma ministra que "tornou tudo muito pior", o relatório da Ordem dos Médicos veio, de acordo com Francisco Louçã, "suscitar várias polémicas importantes", entre as quais a "posição frágil" de Ana Mendes Godinho.

"A ministra tornou tudo muito pior ao sugerir que não tinha atenção suficiente em relação às informações [...]. A ministra está numa posição frágil. Compreende-se que, depois de um ministro forte como Vieira da Silva, que conhecia muito bem a área do Trabalho e da Segurança Social, vem uma ministra que não conhece nada destas duas áreas e é apanhada no meio de uma pandemia, com a necessidade de mobilizar recursos e de se coordenar com outro ministério, que é o ministério da Saúde. Portanto, a sua posição é frágil", explicou o bloquista.

Outra das polémicas está relacionada com a "tensão" em Portugal entre a atividade das IPSS e "as preocupações profissionais do setor da saúde". Além deste setor exigir que essas IPSS façam muito mais "na atenção às pessoas que são vulneráveis", Francisco Louçã recordou que, "as IPPS têm um enorme poder político local e isso atrapalha a necessidade de impor regras a estas instituições".

O comentador terminou a sua análise sobre este polémico caso deixando o alerta de que é necessário perceber realmente o que aconteceu no lar de Reguengos de Monsaraz.

"Temos de saber exatamente o que aconteceu, para saber o que é que falhou. Falharam os médicos civis, não havia atendimento e parece evidente que havia falta de recursos profissionais. É importante esclarecer porque é que o lar falhou tanto e de quem é esta responsabilidade", defendeu.

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