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CDS diz que "brutal aumento" do desemprego "não pode ser relativizado"

O presidente do CDS-PP considerou hoje que o "brutal aumento do desemprego" registado em julho não é surpresa, mas "não pode se relativizado", e defendeu uma estratégia "oposta à que tem sido seguida" pelo Governo.

CDS diz que "brutal aumento" do desemprego "não pode ser relativizado"
Notícias ao Minuto

19:09 - 20/08/20 por Lusa

Política CDS

Numa nota enviada aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos afirma que "o brutal aumento do desemprego, apesar de não ser uma surpresa, não pode ser relativizado" e considera que "há uma grande diferença entre o país de Costa [António Costa, primeiro-ministro] e o país que encosta".

"Mesmo sabendo que terá uma almofada financeira vinda da Europa, o Governo escolheu travar a recuperação da economia, quando todos esperávamos que soubesse acelerá-la, ao ter diminuído o nível de ajudas e por não ter ido mais longe nos apoios", criticou o líder democrata-cristão, advogando "uma estratégia oposta à que tem sido seguida pelo Governo, assente no patriotismo económico".

Entre as medidas, o CDS destaca "a diminuição de impostos sobre as empresas, o emprego e redução dos custos de contexto", a par de "medidas excecionais de apoio à economia e ao emprego" que tem vindo a defender desde o início da pandemia, como o "prolongamento do regime de 'lay-off' simplificado até ao final do ano, a eliminação dos pagamentos por conta, linhas de crédito a fundo perdido de apoio às empresas com maiores dificuldades e ainda a criação de um mecanismo de acerto de contas entre o Estado, e as famílias e as empresas".

Para o presidente do CDS-PP, "o Governo, em vez de garantir que as empresas não encerram e de ajudar a salvar empregos - mantendo aquilo que estava a funcionar bem, como o 'lay-off' simplificado, que se mostrou a medida mais estruturante para manter postos de trabalho - preferiu complicar".

O executivo do socialista António Costa "somou burocracia e complexidade, ao mesmo tempo que dificultou o acesso aos apoios e reduziu o número de beneficiários", e "o resultado está à vista: o número de desempregados em Portugal disparou para os 407 mil", critica ainda o centrista.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 37% em julho em termos homólogos e 0,2% face a junho, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

De acordo com o IEFP, no final de julho, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 407.302 desempregados, número que representa 74,5% de um total de 546.846 pedidos de emprego.

O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (37%) e face ao mês anterior (0,2%).

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