Secretária de Estado para Igualdade em reunião de "união" com SOS Racismo
Rosa Monteiro esteve a ouvir as preocupações do presidente da associação sobre a "escalada" de racismo contra ativistas e deputados. O futuro das políticas públicas nesta área também esteve em cima da mesa.
Política Racismo
Rosa Monteiro, secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, esteve reunida, esta quinta-feira, com Mamadou Ba, presidente do SOS Racismo. O encontro foi promovido pela governante e decorreu na sede, recentemente, vandalizada da associação.
"Acabámos por rir do facto de ser a primeira vez em 30 anos que um membro do governo o fez [se dirigiu à sede do SOS Racismo]", começou por denotar Rosa Monteiro, numa mensagem divulgada hoje nas redes sociais.
Sobre o encontro, a secretária de Estado revelou que ouviu as preocupações manifestadas pelo responsável da estrutura sobre "a escalada de incitamento ao ódio racista contra os seus líderes, deputadas e outros ativistas antirracismo".
"Mas também falámos do futuro das políticas públicas nesta área e da evolução/estruturação que estas políticas devem ter, em articulação com as associações", contou.
Sublinhando que "ao contrário dos ventos de violência e de extremismo que correm", Rosa Monteiro concluiu que a reunião a "foi de união, tranquilidade e resiliência".
Dez cidadãos portugueses foram ameaçados, na passada terça-feira, por um grupo da extrema-direita. Os alvos foram três deputadas da Assembleia da República - Beatriz Dias e Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e a parlamentar não inscrita (ex-Livre) Joacine Katar Moreira - e sete ativistas, incluindo o dirigente da SOS Racismo, Mamadou Ba.
Em causa, está um email enviado aos visados que estipula o prazo de 48 horas para estas abandonarem o país e os cargos que desempenham. Caso não cumprissem o exigido, passariam a correr risco de vida, a par dos seus familiares.
A mensagem foi enviada a partir de um endereço criado num site de e-mails temporários e é assinada por 'Nova Ordem de Avis - Resistência Nacional', a mesma designação de um grupo que reclamou, no Facebook, ter realizado, de cara tapada e tochas, uma "vigília em honra das forças de segurança" em frente às instalações da SOS Racismo, em Lisboa.
Entretanto, o Ministério Público confirmou, ontem, que abriu um inquérito às ameaças racistas e, segundo é avançado hoje pelo jornal Público, o Executivo já terá também contactado as três deputadas, oferecendo-lhes protecção policial especial. O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, terá sido o "intermediário" da oferta.
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