PCP quer pleno funcionamento de empresas privadas de transporte do Norte

O PCP/Porto defendeu hoje o fim do 'lay-off' nas "empresas privadas de serviço público de transporte" de todo o Norte, para chegarem a setembro "em pleno funcionamento", sem os "cortes de 70%" iniciados com a pandemia de covid-19.

PCP, sede

© iStock

Lusa
07/08/2020 12:31 ‧ 07/08/2020 por Lusa

Política

Transportes

"Não é possível imaginar o funcionamento do país, sobretudo com o início do ano letivo e o regresso de férias de muitos trabalhadores, com cortes de 70% nos transportes dos operadores privados de todo o Norte", frisou Jaime Toga, da Direção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP, em declarações à Lusa após uma reunião com o STRUN - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte.

O responsável apontou ainda a necessidade de acompanhar a retoma do serviço com a "intervenção da inspeção de trabalho", devido a relatos que apontam para empresas com trabalhadores em 'lay-off' e "horas extra" no "pequeno núcleo de funcionários que se mantêm em funções".

"Foi-nos mostrada uma folha de serviço de um funcionário que registava 12 horas e 35 minutos de serviço", alertou Jaime Toga.

De acordo com o representante, não há qualquer empresa privada de transporte no Norte que não tenha redução de serviço.

"As empresas estão a funcionar com redução de serviços, algumas a chegar aos 70% e a anunciar que vão ficar assim até ao fim do ano", lamentou.

Alguns locais "mais penalizados" são, segundo a estrutura partidária, Gondomar, Vila do Conde, Esposende e Riba d' Ave (Vila Nova de Famalicão).

A DORP apela ainda à fiscalização da Direção-Geral de Saúde (DGS), para garantir que as empresas privadas de transporte cumprem as regras de segurança e higiene para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

Jaime Toga esclareceu que o PCP apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução a defender todas estas medidas, mas o mesmo "foi chumbado pelo PS, PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal".

"Contudo, esta questão é de tal forma evidente e urgente que consideramos necessário repetir o apelo", justificou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 712 mil mortos e infetou mais de 19 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.743 pessoas das 52.061 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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