Novo Banco. PAN pede ao Governo que dê "um murro na mesa"
O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) considerou hoje que o atraso na conclusão da auditoria ao Novo Banco é "uma falta de respeito" para com o Governo e para com os portugueses, e pediu ao executivo que dê "um murro na mesa".
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Política Novo Banco
"Não nos faz qualquer sentido este arrastar, achamos que é uma falta de respeito não só para com o Governo como também para com todos os nossos concidadãos", afirmou a líder parlamentar, num vídeo divulgado pelo partido.
Inês Sousa Real disse não compreender "como é que o Governo não dá um murro na mesa".
"Não faz qualquer sentido que a banca se julgue acima daquilo que são as regras, não só do ponto de vista legislativo atualmente, como também aquilo que é uma prestação de contas que tem de acontecer necessariamente perante a Assembleia da República, perante todos os contribuintes que têm vindo a tapar, durante anos, os buracos do Novo Banco", sustentou.
O Governo anunciou na quinta-feira à noite que a auditoria ao Novo Banco não vai estar concluída hoje, considerando que até à sua conclusão não deverão ser realizadas outras operações de venda de carteiras de ativos por parte da instituição bancária.
Para o PAN, "a banca tem de ser moralizada".
"Não faz qualquer sentido aquilo que tem sido o desequilíbrio financeiro do Novo Banco, não tem havido transparência naquela que é a verdadeira situação financeira do Novo Banco e mais, em relação não só aos ativos, como à gestão das diferentes carteiras, tem que haver a apresentação a tempo e horas destes relatórios, para que não se esteja a proceder a vendas quando muitas das vezes não existe informação de forma estruturada e transparente", vincou a deputada.
A líder parlamentar do PAN considerou também "manifestamente incompreensível que continuem a haver injeções no Novo Banco, como foi a mais recente, dos 850 milhões, e para a qual o PAN alertou na altura que não faria qualquer sentido não estar precedida desta mesma informação, como também é um desrespeito para com os órgãos de soberania".
Face a isto, Inês Sousa Real anunciou que o partido vai bater-se por uma "maior transparência na gestão do Novo Banco, mas também para que a Deloitte apresente o relatório o quanto antes". porque "não obstante poder ser um relatório complexo, ele é fundamental para as decisões em torno da banca".
O PAN espera ainda que "no próximo orçamento todos estes constrangimentos sejam tidos em consideração para que o Governo não continue a estender a mão à banca, que mostra um profundo desrespeito para com os portugueses e para com o próprio Governo, ao invés de estender as mãos às necessidades e às muitas preocupações para as quais são necessárias respostas" para enfrentar "esta crise social e económica por força da covid-19".
Num comentário também à queda de 16,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano face ao mesmo período de 2019, devido aos efeitos económicos da pandemia de covid-19, a deputada do PAN apontou que vai "ao encontro das preocupações manifestadas quanto ao fecho da economia".
Na sua ótica "é fundamental" agora "trabalhar em soluções que procurem incentivar a retoma da economia", apostando num modelo de recuperação económica "mais sustentável", como o partido tem defendido.
Inês Sousa Real alertou ainda que serão necessários "vários anos para recuperar as perdas para o país por força desta crise sanitária".
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