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"Segundo semestre pode ser o último de vida deste Governo"

O ex-ministro Morais Sarmento afirmou na antena da Rádio Renascença que “o segundo semestre” deste ano “pode ser o último deste Governo”, porque será nessa altura que “os portugueses vão perceber que afinal não muda nada” com a saída da troika. Além disso, considerou Morais Sarmento, “o País deve exigir que haja um entendimento" entre os "partidos do arco de governação”, até porque aí o Presidente da República perde “o argumento da estabilidade política” para não convocar eleições.

"Segundo semestre pode ser o último de vida deste Governo"
Notícias ao Minuto

11:00 - 07/01/14 por Ana Lemos

Política Morais Sarmento

No programa ‘Falar Claro da Rádio Renascença (RR), o comentador habitual e antigo ministro ‘laranja’, Morais Sarmento, fez uma previsão “negra” do futuro do Governo de coligação PSD/CDS para este ano, designadamente para o período pós-troika.

“O primeiro grande momento” para o Executivo será, na opinião do ex-governante, “mais até do que as eleições europeias, cujo significado, salvo resultados absolutamente inesperados, não terá o mesmo impacto político, o final do programa de ajustamento”.

Morais Sarmento explicou que “vamos ter um ano bipolar” com “um primeiro semestre com meio mundo (Governo, instituições europeias) a dizer que está tudo a correr muito bem (…) mas depois chegamos ao fim do programa de resgate e os portugueses vão perceber que afinal não muda nada. E aí começamos o segundo semestre negro” afirmou, alertando “que o Governo poder ter um primeiro semestre muito positivo [mas] o segundo pode ser o último da sua vida”.

“Já sentimos [hoje] no Governo uma visão clara ou escura, ou embaciada que fosse, para o Portugal pós-resgate? [Além disso], o País que vai ouvir que está tudo melhor (…) quando perceber que não vai ser [o período pós-troika], acho que o Governo passa a gerir de forma esquizofrénica a expectativa dos portugueses”, previu Morais Sarmento.

Face a este cenário, “o País deve exigir que haja um entendimento dos partidos do arco de governação”, principalmente porque, defendeu, “pagámos caro de mais estes três anos para não exigir isso aos partidos”. Mas também “nessa altura, a partir do final do programa de resgate, o Presidente da República perde o argumento” que apresentou “no ano passado ao líder do Partido Socialista” de que “achava mais importante a estabilidade do que as eleições antecipadas.

“E, nessa altura, o mesmo Presidente da República deverá dizer ‘bom eu agora acho mais importante as eleições antecipadas’ porque isso permite provavelmente um entendimento dos partidos do arco da governação nas questões fundamentais. E se for colocado nestes termos vemos para onde vai o segundo semestre e a razões pela qual eu disse poder ser o último do mandato deste Governo”, conclui Morais Sarmento.

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