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Subida do défice não resultou em melhor "qualidade da resposta" à crise

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, considerou hoje que o aumento do défice não traduziu "um aumento da qualidade da resposta" à crise provocada pela Covid-19 junto das empresas e das famílias.

Subida do défice não resultou em melhor "qualidade da resposta" à crise
Notícias ao Minuto

17:25 - 28/07/20 por Lusa

Política CDS

"A gestão deficiente do Estado no apoio às nossas empresas e também aqueles portugueses que estão a ficar para trás tem significado um aumento do défice mas nem por isso um aumento da qualidade da resposta ao programa de emergência social e de relançamento da nossa economia", afirmou.

Francisco Rodrigues dos Santos falava na sede nacional do partido, em Lisboa, na primeira vez que convocou os jornalistas ao Largo Adelino Amaro da Costa depois da sua eleição e depois de o edifício ter estado fechado devido à pandemia.

"Mais relevante do que apurarmos neste momento o valor do défice, é sabermos que ele disparou e que continuam a haver dívidas acumuladas do Estado a fornecedores -- que são mais de 863 milhões de euros -, que continuam a haver atrasos no pagamento dos 'lay-off', que há dinheiro das linhas de crédito que ainda não chegaram ao nosso tecido empresarial, que o 'lay-off' em vez de simplificado passou a complicado e há muitas empresas que terão de declarar insolvência se não tiveram apoios da parte do Estado, que continuam a acumular-se as filas de espera nos hospitais e que o Estado não conseguiu contratualizar com o setor particular e social o atendimento dos doentes", elencou.

O presidente democrata-cristão lamentou ainda que o Estado não tenha ainda criado "um mecanismo de acerto de contas para saldar as suas dívidas aos fornecedores", não tenha sido alargado o 'lay-off' simplificado "até ao final do ano" e que o Governo também ainda não tenha sido "capaz de eliminar os pagamentos por conta", como tem proposto o CDS.

Na segunda-feira, o Ministério das Finanças informou que o défice das contas públicas portuguesas agravou-se em 6.122 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, atingindo os 6.776 milhões devido aos efeitos da pandemia de covid-19.

"A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) registou no primeiro semestre um défice de 6.776 ME, representando um agravamento de 6.122 ME face ao período homólogo pelo efeito combinado de contração da receita (-9,5%) e crescimento da despesa (5,4%)", pode ler-se no comunicado das Finanças que antecede a divulgação da Síntese da Execução Orçamental pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

De acordo com o gabinete de João Leão, "a execução evidencia os efeitos da pandemia da covid-19 na economia e nos serviços públicos na sequência das medidas de política de mitigação".

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