"O País deve muito a Paulo Portas"
Em entrevista ao Sol, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, recusou que o CDS esteja, hoje, menos diferenciado do PSD, devido à coligação que os une, e garantiu que o centro-direita já perdoou a Paulo Portas pela demissão “irrevogável” de Julho.
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Política Paulo Núncio
Concentrado na diminuição do IRS, cujo “trabalho deve começar em Janeiro”, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, confessou, em entrevista ao Sol, que a reforma do IRC, “considerada prioritária”, é a de que mais se orgulha na sua governação.
Paulo Núncio explicou que “o Governo tem o objectivo de desagravar a carga fiscal ao nível do IRS, mas a redução estrutural da despesa pública é indispensável para reduzir os impostos sustentavelmente”, sendo este “o Governo que mais reduziu a despesa desde o 25 de Abril de 1974”.
Questionado sobre a coligação que une o CDS e o PSD, o advogado recusou que os partidos estejam hoje menos diferenciados, garantindo que “o que há ao nível do centro-direita é algo de extraordinariamente positivo, que não acontece na esquerda: a capacidade de colocar o interesse nacional acima dos interesses partidários”.
“O dr. Paulo Portas é o melhor líder que o CDS e o centro-direita em Portugal alguma vez tiveram. E o País deve-lhe muito. É a ele que deve a refundação da direita e do centro-direita em Portugal. (…) Era muito importante que Paulo Portas continuasse a ser líder do CDS por muitos mais anos”, ressalvou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, militante do CDS há quase 30 anos.
Em relação à demissão do antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, em Julho deste ano, Paulo Núncio admitiu: “Tem sido muito fácil e muito produtivo trabalhar com Maria Luís Albuquerque. Tem sido uma excelente relação de trabalho e os resultados estão a aparecer, quer em termos de consolidação, quer ao nível do crescimento económico”.
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