PSD pergunta por 1,3 ME prometidos pelo Governo para a mobilidade do Tua
Os deputados do PSD eleitos por Bragança e Vila Real querem saber quando é que o Governo vai pagar quase 1,3 milhões de euros prometidos e em atraso para o adiado Plano de Mobilidade do Vale do Tua.
© Parque Vale do Tua
Política Tua
Os parlamentares dos dois distritos abrangidos pelo projeto turístico divulgaram hoje os pedidos de esclarecimento que dirigiram, na Assembleia da República, ao ministro das Infraestruturas e Habitação sobre as transferências em falta.
De acordo com a exposição feita pelos deputados, trata-se de um valor de 1,28 milhões de euros que deviam ter sido entregues pela CP- Comboios de Portugal à Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua em duas tranches, em janeiro de 2019 e janeiro de 2020.
Os social-democratas querem saber "para quando o cumprimento por parte da CP do compromisso assumido em 2018 com a Agência de financiamento necessário para o pagamento das obras em fase de conclusão".
Perguntam ainda à tutela quando é que a CP estará disponível para ceder as automotoras necessárias para a mobilidade quotidiana, pois o plano prevê o regresso do comboio ao Tua com uma composição para turistas e outra para garantir o transporte das populações ribeirinhas.
O PSD lembra que este plano de mobilidade, que foi a principal contrapartida para o território pela construção da barragem de Foz Tua, "tem sido referido por diversas entidades da administração central e governantes como um 'projeto âncora' para o desenvolvimento da região", mas "é uma promessa que tem sido adiada".
O projeto envolve várias entidades públicas e privadas e o impasse tem levantado dúvidas sobre a concretização, como lembram os deputados do PSD.
"Esta situação tem de ser clarificada junto das entidades responsáveis, especialmente o Governo", defendem.
Há vários anos que são anunciadas e adiadas datas para o arranque da operação, com a necessidade de mais obras e intervenções que estão quase a terminar, sem que seja possível o arranque do plano no terreno "a curto prazo", como admitiram recentemente os responsáveis locais.
O diretor do Parque Natural Regional do Vale do Tua, Artur Cascarejo, culpou a administração central pelo impasse e reclama que o Estado cumpra o que prometeu há uma década a este território.
A barragem de Foz Tua está já a produzir energia e como compensação pela construção do empreendimento hidroelétrico, o território teve direito a apoios da concessionária, a EDP, para programas de empreendedorismo, recuperação de património cultural e para o desenvolvimento local.
Todas estas contrapartidas estão cumpridas menos a principal que é o Plano de Mobilidade imposto por a barragem ter submergido parte da linha, o que levou à desativação e desclassificação da mesma.
Já há comboios e barcos para circular no Tua há mais de dois anos e já foram avançadas várias datas para o início da operação entregue ao empresário Mário Ferreira, mas continuam a faltar mais autorizações e adaptações dependentes da administração central e entidades públicas envolvidas no processo como o Instituto da Mobilidade Terrestre (IMT) e a CP.
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