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PSD pergunta por 1,3 ME prometidos pelo Governo para a mobilidade do Tua

Os deputados do PSD eleitos por Bragança e Vila Real querem saber quando é que o Governo vai pagar quase 1,3 milhões de euros prometidos e em atraso para o adiado Plano de Mobilidade do Vale do Tua.

PSD pergunta por 1,3 ME prometidos pelo Governo para a mobilidade do Tua
Notícias ao Minuto

11:19 - 08/07/20 por Lusa

Política Tua

Os parlamentares dos dois distritos abrangidos pelo projeto turístico divulgaram hoje os pedidos de esclarecimento que dirigiram, na Assembleia da República, ao ministro das Infraestruturas e Habitação sobre as transferências em falta.

De acordo com a exposição feita pelos deputados, trata-se de um valor de 1,28 milhões de euros que deviam ter sido entregues pela CP- Comboios de Portugal à Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua em duas tranches, em janeiro de 2019 e janeiro de 2020.

Os social-democratas querem saber "para quando o cumprimento por parte da CP do compromisso assumido em 2018 com a Agência de financiamento necessário para o pagamento das obras em fase de conclusão".

Perguntam ainda à tutela quando é que a CP estará disponível para ceder as automotoras necessárias para a mobilidade quotidiana, pois o plano prevê o regresso do comboio ao Tua com uma composição para turistas e outra para garantir o transporte das populações ribeirinhas.

O PSD lembra que este plano de mobilidade, que foi a principal contrapartida para o território pela construção da barragem de Foz Tua, "tem sido referido por diversas entidades da administração central e governantes como um 'projeto âncora' para o desenvolvimento da região", mas "é uma promessa que tem sido adiada".

O projeto envolve várias entidades públicas e privadas e o impasse tem levantado dúvidas sobre a concretização, como lembram os deputados do PSD.

"Esta situação tem de ser clarificada junto das entidades responsáveis, especialmente o Governo", defendem.

Há vários anos que são anunciadas e adiadas datas para o arranque da operação, com a necessidade de mais obras e intervenções que estão quase a terminar, sem que seja possível o arranque do plano no terreno "a curto prazo", como admitiram recentemente os responsáveis locais.

O diretor do Parque Natural Regional do Vale do Tua, Artur Cascarejo, culpou a administração central pelo impasse e reclama que o Estado cumpra o que prometeu há uma década a este território.

A barragem de Foz Tua está já a produzir energia e como compensação pela construção do empreendimento hidroelétrico, o território teve direito a apoios da concessionária, a EDP, para programas de empreendedorismo, recuperação de património cultural e para o desenvolvimento local.

Todas estas contrapartidas estão cumpridas menos a principal que é o Plano de Mobilidade imposto por a barragem ter submergido parte da linha, o que levou à desativação e desclassificação da mesma.

Já há comboios e barcos para circular no Tua há mais de dois anos e já foram avançadas várias datas para o início da operação entregue ao empresário Mário Ferreira, mas continuam a faltar mais autorizações e adaptações dependentes da administração central e entidades públicas envolvidas no processo como o Instituto da Mobilidade Terrestre (IMT) e a CP.

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