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CDS defende "choque de tesouraria" para evitar insolvências e desemprego

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, instou hoje o Governo a "injetar liquidez" e fazer "um choque de tesouraria" nas empresas, para evitar que mais tarde tenha de "gastar muito mais" em prestações sociais.

CDS defende "choque de tesouraria" para evitar insolvências e desemprego
Notícias ao Minuto

14:29 - 07/07/20 por Lusa

Política CDS

Em Braga, depois de ter visitado algumas empresas de montagem de estruturas de eventos, Francisco Rodrigues dos Santos disse que não se compreende como é que há dinheiro para a TAP e para o Novo Banco, mas já não há para apoiar aquele setor, que emprega 100 mil trabalhadores e representa um volume de negócios de cerca de 700 milhões de euros.

"O Estado tem de tomar uma opção: ou injeta liquidez e faz um choque de tesouraria na economia ou mais tarde vai ter de gastar muito mais dinheiro ao nível de prestações sociais, como o subsídio de desemprego, e vai destruir um dos setores mais importantes da nossa economia, que é o setor dos serviços", referiu.

Rodrigues dos Santos dedicou a manhã à visita a empresas de montagem de estruturas de eventos, como tendas, um setor que, como sublinhou, continua "absolutamente confinado", uma vez que ainda não pôde retomar a sua atividade, face aos ainda baixos índices de confiança dos consumidores.

Como sublinhou o líder do CDS, as empresas do setor não estão proibidas por decreto de exercer a sua atividade, mas na prática é como se estivessem, por falta de solicitações do mercado.

Por isso, defendeu que são necessários apoios diretos e indiretos por parte do Estado, "para que essas empresas possam sobreviver".

Para o CDS, a solução passa, necessariamente, pelo prolongamento do 'lay-off' simplificado até ao final do ano.

Paralelamente, o partido considera ainda "fundamental" que o Estado pague o que deve às empresas, em vez de acumular dívidas a fornecedores que já ascendem a 1.624 milhões de euros.

"Numa altura em que as empresas têm os cofres vazios e continuam a suportar nem que seja um terço dos salários dos trabalhadores, o Estado tem de ser rápido a pagar aquilo que deve às empresas e a colocar dinheiro a circuar na economia", defendeu Francisco Rodrigues dos Santos.

Defendeu ainda o fim dos pagamentos por conta, o deferimento do pagamento do IRC e a duplicação do valor das linhas de crédito, com uma percentagem garantida pelo Estado a fundo perdido.

"O Estado tem de ter um papel de aliado da nossa economia e não de adversário", defendeu.

Para o líder centrista, o Estado tem posto certos setores da economia na "primeira liga" das suas preocupações, deixando outros para trás.

"Quando é necessário injetar dinheiro na TAP, aparecem 1,2 mil milhões de euros. Quando é necessário injetar um novo envelope financeiro para o Novo Banco, também aparecem de repente 800 milhões de euros. Mas para apoiar estes empresários, que empregam 100 mil trabalhadores e representam cerca de 750 milhões de euros de volume de negócios, que são um serviço altamente competitivo e diferenciado do ponto de vista exportador, não têm qualquer tipo d apoio. Isto não se percebe", concluiu.

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