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BE diz que orientações para próximo ano letivo "não são suficientes"

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje que as orientações do Governo para o funcionamento das escolas no próximo ano letivo "não são suficientes" e apelou a que sejam encontradas "alternativas para o desdobramento de espaços".

BE diz que orientações para próximo ano letivo "não são suficientes"
Notícias ao Minuto

12:16 - 06/07/20 por Lusa

Política Catarina Martins

"O ministério lançou algumas orientações mas, do nosso ponto de vista, as orientações não são suficientes", disse Catarina Martins aos jornalistas, no final de uma visita à Escola Básica 2,3 professor Delfim Santos, em Lisboa, no dia em que arranca a primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário.

Aos jornalistas, a coordenadora disse que os bloquistas estão "muito preocupados com a preparação do ano letivo" e defendeu ser "claro que os espaços das escolas não são neste momento suficientes para garantir as condições de segurança sanitária" decretadas na sequência da pandemia de covid-19.

"O ministro da Educação tem vindo a repetir as impossibilidades do sistema. Não cabe ao ministro da Educação registar impossibilidades, cabe encontrar soluções, e as soluções para nós passam por estes dois eixos fundamentais : encontrar com as autarquias alternativas para desdobramento de espaços, e contratar desde já mais pessoal para as escolas, não para cinco semanas, mas para todo o ano letivo", assinalou.

A líder do BE deu o exemplo da escola que visitou e disse que "as salas de aula não permitem, de forma nenhuma, o desdobramento com as condições de segurança para as quais as autoridades de saúde apontam, e que o ministério diz que as escolas devem tentar seguir quando abrir o ano letivo".

Catarina Martins observou que "há escolas que não estão com a sua capacidade lotada e que conseguem desdobrar pelas salas de aulas os seus alunos, ou pelos espaços que têm", mas existem exemplos de escolas "com muita lotação e ao lado têm outra escola, até de outro ciclo, por exemplo, que fica exatamente na mesma zona e que tem espaços", pelo que o problema pode ser resolvido com "uma articulação entre os dois espaços".

Porém, existem outros exemplos em que o parque escolar não oferece "soluções para desdobrar turmas e vai ser preciso olhar para outros espaços que os municípios possam ter, desde pavilhões e outros, que permitam desdobrar", atirou, defendendo o envolvimento das autarquias na resolução destas questões porque "cada escola isoladamente não tem essa capacidade".

A coordenadora do BE defendeu igualmente a contratação de mais assistentes operacionais, técnicos e docentes "para todo o ano letivo", e não apenas para as primeiras cinco semanas de aulas, que serão dedicadas às aprendizagens que ficaram por consolidar na sequência do ensino à distância.

Catarina Martins assinalou ainda que "as escolas têm muito pouco tempo" para preparar a abertura do ano letivo, e estão muito sobrecarregadas".

Na sexta-feira, o ministro anunciou as medidas excecionais, devido à pandemia de covid-19, que vão estar em vigor no próximo ano letivo e adiantou que os alunos vão ter mais dias de aulas e menos dias de férias no próximo ano letivo, confirmando que o regresso às escolas será presencial.

Questionada sobre o porquê da visita a uma escola na região de Lisboa, onde as infeções por covid-19 continuam a aumentar e quando existem restrições à entrada de pessoas externas aos estabelecimentos de ensino devido à pandemia, a líder bloquista afirmou que o partido escolheu uma escola onde "não há hoje atividades letivas e, portanto, estão todas as condições de segurança e de tranquilidade asseguradas".

"Aos responsáveis políticos cabe, mantendo naturalmente toda a segurança que é exigida pelas autoridades de saúde, estarem no terreno a perceber o que está a acontecer e não confinarem-se alheados da realidade", advogou.

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