Rio quer conhecer plano para a TAP para saber se está de acordo ou não
O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu hoje ser necessário conhecer primeiro o plano de negócios e de reestruturação para a TAP antes de dizer se concorda ou não com a injeção de dinheiro público na transportadora área.
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Política PSD
No final da sessão plenária, Rio foi questionado pelos jornalistas sobre o anúncio feito pelo Governo, na quinta-feira à noite, de que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.
"Qual é o plano de negócios que se prevê para a TAP e qual o plano de reestruturação para a TAP? Como posso ter opinião se não conheço esse plano? Se esse plano não existe ou se não é devidamente sustentado eu serei contra essa injeção na TAP, porque significa que estarmos a meter dinheiro hoje para amanhã meter mais e depois mais e mais e a TAP ficar uma espécie de Novo Banco", afirmou.
No entanto, acrescentou, "se estiver subjacente um plano credível e sustentável significa que o Estado vai tentar salvar a TAP".
"Aí vou estar de acordo", assegurou.
Questionado se, no futuro, a TAP deve voltar a ser vendida aos privados, o líder do PSD respondeu que essa sempre foi a sua posição e do partido.
"A privatização nunca devia ter sido revertida, continuo a achar que a TAP deve ser privada, na primeira oportunidade tem de ser privatizada, a não ser que se viesse a verificar que com esta composição acionista a TAP começasse a dar lucro e ser altamente pujante, mas não acredito nisso", afirmou.
Rio deixou ainda dois alertas: por um lado, que a TAP tem de ser uma empresa nacional que "olha para os portugueses de Melgaço a Vila Real de santo António, passando pelas Regiões Autónomas".
"Se é regional deve ser salva pelas Câmaras Municipais e não pelo Estado", contrapôs.
O presidente do PSD voltou ainda a criticar que, ao contrário dos restantes trabalhadores portugueses em 'lay off' que tiveram cortes de 33%, na TAP não tenha sido assim, uma vez que a empresa cobriu a diferença.
"É uma coisa injusta, estamos a meter impostos para pagar salários que mais nenhum português teve", disse.
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