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PCP terá candidato próprio nas eleições presidenciais de 2021

Decisão foi anunciada este domingo na apresentação das principais conclusões da reunião do Comité Central do PCP.

PCP terá candidato próprio nas eleições presidenciais de 2021
Notícias ao Minuto

18:39 - 28/06/20 por Melissa Lopes com Lusa

Política PCP

"Em relação ao acto eleitoral para a Presidência da República que se aproxima, valorizando, como sempre fez, a importância deste órgão de soberania, enquanto garante da defesa e cumprimento da Constituição da República, o Comité Central do PCP decide a apresentação de uma candidatura própria às eleições presidenciais de 2021", disse Jerónimo de Sousa na apresentação das principais conclusões da reunião deste fim de semana.

Uma candidatura, continuou, "que dê voz ao projecto e valores de Abril, à defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo e à afirmação da igualdade e justiça sociais, e da soberania e independência nacionais". 

O partido revelou ainda a intenção de o PCP apresentar o seu candidato presidencial já em setembro, mesmo antes da realização do congresso do partido, que se realiza no final de novembro em Loures.

Questionado se poderá concorrer pela terceira vez em eleições presidenciais, Jerónimo de Sousa afastou essa possibilidade, alegando que o seu partido "encontrará mais e melhores soluções para uma batalha tão difícil".

O perfil do candidato comunista é o de alguém "que parta do cumprimento da Constituição da República e da afirmação dos valores de Abril, e que combata as desigualdades e lute pelos direitos de quem trabalha".

"Tendo em conta esta batalha, vai ser um bom ou uma boa candidata, mas o Comité Central ainda não assumiu o nome do camarada ou da camarada que vai assumir essa grande responsabilidade", disse.

Em relação ao próximo congresso, nesta reunião foram aprovados "os critérios e o processo para a elaboração da lista do Comité Central a eleger.

Por outro lado, ainda no plano interno, foi apontada "a necessidade da planificação, desde já, da terceira fase de preparação do congresso, a partir de final de setembro, "de modo a assegurar o máximo envolvimento e participação dos membros do partido e garantir a justa e necessária orientação dos comunistas portugueses para enfrentar os exigentes desafios dos tempos complexos que se vivem".

Na conferência de imprensa, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre a manifestação realizada no sábado pelo Chega, em Lisboa, mas disse que não daria "para o peditório de algumas forças que se apresentam por aí agora no terreno".

"Em 1974, era muito mais difícil", comentou, numa alusão à extrema-direita em Portugal.

O líder comunista repudiou depois o racismo e a xenofobia e considerou que em Portugal "existem claramente episódios racistas".

"Mas com segurança afirmo que o povo português não é racista na sua maioria. Quanto ao PCP, é preciso que se saiba que antes do 25 de Abril de 1974 ser contra o colonialismo era crime. E só havia um partido que era criminalizado por isso: O PCP. Mantemos esse posicionamento de solidariedade com os povos, contra o colonialismo, contra o racismo e xenofobia", acrescentou.

Até agora, o único candidato afirmado às presidenciais é o líder do Chega, André Ventura. Marcelo Rebelo de Sousa deverá recandidatar-se, embora ainda não o tenha afirmado oficialmente.

Quem ainda permanece em reflexão é a ex-eurodeputada socialista Ana Gomes que, aquando da conferência de imprensa na Autoeuropa em que Costa lançou a recandidatura de Marcelo, afirmou admitir a hipótese de se colocar na corrida a Belém. 

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