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PAN quer saber motivos para "poda excessiva" de árvores na Serra do Pilar

O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) quer esclarecimentos sobre a "poda excessiva" na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, questionando os critérios para "a redução da envergadura do arvoredo" e as escolhas das novas espécies a plantar.

PAN quer saber motivos para "poda excessiva" de árvores na Serra do Pilar
Notícias ao Minuto

14:47 - 15/06/20 por Lusa

Política Gaia

Na pergunta entregue hoje na Assembleia da República e que tem como destinatário o Ministério da Defesa Nacional, o PAN recorda uma outra que tinha feito em janeiro e na qual criticava a "poda excessiva" no Regimento de Artilharia da Serra do Pilar, concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

Recebida a explicação da tutela, os deputados André Silva, Bebiana Cunha, Cristina Rodrigues e Inês de Sousa Real querem agora mais pormenores sobre critérios e escolhas.

"É referido na resposta que a ação de corte da redução da envergadura do arvoredo, nomeadamente dos plátanos, foi justificado como medida de prevenção, pois a queda de ramos poderia provocar acidentes, no entanto, gostaríamos de esclarecer que o que se verificou não foi uma redução da ramagem, mas sim a eliminação total da mesma", referem os deputados.

O PAN pede, assim, um levantamento de quantos acidentes ocorreram decorrentes da queda de ramos, bem como exige saber "quais os critérios definidos para a adjudicação do serviço de eliminação total da ramagem à empresa Madeicastanho - Sociedade Unipessoal, Lda. e onde está disponível o relatório sobre a fundamentação para a eliminação total de ramagem".

"É referido que foi contratada a empresa Madeicastanho - Sociedade Unipessoal, Lda., empresa essa que, segundo as informações que dispomos, tem como identificação da principal atividade a exploração florestal, venda de lenha, arranque e corte de árvores, a sua comercialização e venda de seus derivados, não tendo qualquer valência de especialidade de poda de árvores", lê-se na pergunta agora enviada pelo PAN.

Este partido descreve que, de acordo com a resposta do gabinete do ministro João Gomes Cravinho, "foram adquiridas 12 árvores no final do ano", nomeadamente "o azevinho, também chamado azevim, azevinheiro, pau-azevim e sombra-de-azevim", arbusto descrito como de "folha persistente da família das aquifoliaceae".

"Não uma árvore. E o Ficus elastica, conhecida pelo nome comum de árvore-da-borracha ou planta da borracha, é uma Moraceae tropical, originária de uma vasta região que se estende desde o subcontinente indiano até à Malásia e à Indonésia (...). Quais os critérios tidos em conta para a aquisição de azevinhos e árvore de borracha em detrimento de espécies autóctones?", questiona o PAN.

Já na sua pergunta original, com data de janeiro, este partido referia que "são vários os especialistas que defendem que este tipo de intervenção [poda] não é o correto e põe em causa a viabilidade" das árvores, alertando para "o facto de que uma árvore podada vive em média um terço do que viveria sem podas".

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