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"Não quero ser primeiro-ministro a qualquer preço e de qualquer maneira"

Rui Rio assumiu, esta terça-feira, que naturalmente quer ser primeiro-ministro, mas "não a qualquer preço e de qualquer maneira".

"Não quero ser primeiro-ministro a qualquer preço e de qualquer maneira"
Notícias ao Minuto

13:33 - 09/06/20 por Filipa Matias Pereira

Política Rui Rio

Rui Rio marcou presença, esta terça-feira, no 'Você na Tv', e recordou a posição assumida durante a pandemia, que foi aliás aplaudida por congéneres internacionais. Assumiu o líder partidário durante a entrevista que, naturalmente, quer ser primeiro-ministro, mas não a qualquer preço. 

"Quando o país tem uma coisa daquelas pela frente, desconhecida", detalhou o ex-autarca, referindo-se à pandemia, "o Governo vai falhar em muitas coisas, qualquer governo falharia". E é então que a "oposição começa a atacar", por norma.

Perante este cenário, "posso criticar e critiquei, mas porque a crítica é construtiva e estou convencido que tenho de puxar o Governo para a minha crítica porque é positiva. Agora, apanhar tudo e mais alguma coisa e inclusive aquilo que é compreensível que falhe e que falharia também se eu lá estivesse? Ia tirar partido disso para não ajudar o país? Não, venha outro fazer isso".

Quer ser primeiro-ministro? À questão, o deputado respondeu de forma perentória: "Se não quisesse, não poderia estar neste lugar. Mas não quero ser primeiro ministro a qualquer preço e de qualquer maneira. Isso não é a minha maneira de ser".

Ao tecer uma retrospetiva relativa a alguns momentos marcantes do seu percurso político, Rui Rio assumiu-se como um profissional racional. "Seja como economista, seja na política, procuro naturalmente a racionalidade e que os aspetos de ordem emocional não interfiram tanto na decisão que tomo", assegurou.

No entendimento do social-democrata, "quando assumimos um cargo de responsabilidade num partido, perdemos liberdade". Recordou Rui Rio que, nos anos 90, enquanto deputado, votou "na Assembleia da República assuntos com os quais não estava de acordo. Se for um acordo relativo e a importância relativa, passa. Se considero que é muito importante para mim, cumpro a disciplina partidária, faço a declaração de voto. Se há um limite dos limites e [o tema] é contra a minha consciência, quebro a disciplina partidária. Nunca quebrei, andei lá muito perto quando nos anos 90, quando se votou a despenalização do aborto".

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