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CDS-PP considera que "Governo ainda não acertou na estratégia"

O presidente do CDS-PP considerou hoje que o Governo "ainda não acertou na estratégia" para a recuperação da economia depois da pandemia de covid-19, concluindo que o Programa de Estabilização Económica e Social "é poucochinho".

CDS-PP considera que "Governo ainda não acertou na estratégia"
Notícias ao Minuto

14:29 - 08/06/20 por Lusa

Política Covid-19

Em declarações aos jornalistas, à margem da visita a um ginásio, Francisco Rodrigues dos Santos foi questionado sobre Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) do Governo, e o respetivo cenário macroeconómico, tendo considerado que "este documento é poucochinho, é pouco ambicioso, é vago, e o Governo continua a reagir em vez de agir e corre atrás do prejuízo".

Para o CDS, "a estratégia deve ser de patriotismo económico" e de "valorização da marca portuguesa", da indústria nacional e do "pequeno comércio", e deve prever também "um clima fiscal que também seja amigo do investimento" e que permita atrair investimento para Portugal, através da diminuição de impostos.

"E não é isso que está plasmado neste programa do Governo, portanto, nós entendemos que o Governo ainda não acertou na estratégia e continua relapso e expectante que os empresários resolvam por si só os problemas que foram criados por uma pandemia que não foi da sua responsabilidade", apontou.

Assim, Francisco Rodrigues dos Santos defende que "está na altura do Estado e da economia serem aliados e não adversários".

Sobre o Orçamento Suplementar, que deve ser entregue esta semana no parlamento, o presidente do CDS ressalvou que quer conhecer primeiro o documento e "fazer uma análise mais fina" antes de "tecer comentários mais aprofundados", mas salientou que gostava que as propostas apresentadas pelo seu partido "pudessem constar e estar plasmadas nesse documento".

Entre essas propostas incluem-se o prolongamento do 'lay-off' simplificado até ao final do ano, a eliminação dos pagamentos por conta, um mecanismo de acerto de contas entre o Estado e os contribuintes, ou ainda a criação de uma lista pública de credores do Estado e a duplicação das linhas de apoio às empresas - um "kit de primeiros socorros" para a economia que "sirva de desfibrilhador".

Ainda assim, dos "dados que são neste momento facultados e avançados", Francisco Rodrigues dos Santos faz uma "análise que não é globalmente positiva".

O presidente do CDS visitou hoje um ginásio, em Lisboa, onde se inteirou de como é que estes espaços estão a adaptar-se às novas regras sanitárias impostas no âmbito da pandemia.

No final da visita -- onde, apesar de não ter experimentado nenhum dos equipamentos, não resistiu a dar um 'pezinho de dança' -- Francisco Rodrigues dos Santos referiu que estes espaços foram "particularmente afetados pela paralisação da economia" e atualmente "atravessam um período de reinvenção", com limitação de pessoas dentro de cada espaço ou aulas ao ar livre, por exemplo.

Na sua ótica, "pese embora estes estabelecimentos estejam de portas abertas, a retoma da economia será diretamente proporcional ao aumento dos níveis de confiança dos consumidores e dos utilizadores destes espaços".

Por isso, o líder democrata-cristão pediu ao Governo que, no orçamento suplementar, "consiga continuar a acompanhar este tipo de atividades, estes pequenos empresários, com medidas capazes de suportar o impacto negativo desta crise ao nível da liquidez e da sua tesouraria e, ao mesmo tempo, para que consigam manter portas abertas e salvar postos de trabalho".

No PEES, o Governo estima que a taxa de inflação recue 0,2% em 2020 e cresça 0,4% no próximo ano, que o PIB caia 6,9% este ano mas cresça 4,3% em 2021, e uma taxa de desemprego este ano de 9,6% e de 8,7% em 2021.

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