Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 14º MÁX 21º

CDU exige intervenção do Governo para resolver problemas de habitação

A CDU de Vila Nova de Gaia considerou hoje que "os problemas de habitação" neste concelho "sempre foram candentes", pelo que exige uma intervenção "urgente e decisiva" do Governo devido a "fenómenos de exclusão e de falta de rendimentos".

CDU exige intervenção do Governo para resolver problemas de habitação
Notícias ao Minuto

12:57 - 29/05/20 por Lusa

Política Gaia

Em comunicado, a CDU/Gaia refere que "a crescente terciarização da cidade do Porto e o aumento dos preços da habitação foram forçando um grande número de cidadãos a mudar-se para Gaia", o que resultou na presença "de mais de 300 mil habitantes, no terceiro maior concelho do país em população".

"Acresce que também aqui se verificaram fenómenos de exclusão e de falta de rendimentos que levaram a uma grande carência de habitações acessíveis e daí ao recurso às construções abarracadas ou sem grandes condições (...). É necessária uma urgente e decisiva intervenção do Poder Central em matéria de Habitação", defende a CDU/Gaia.

Recorrendo a uma resposta da empresa municipal Gaiurb -- Urbanismo e Habitação, a CDU aponta que neste concelho do distrito do Porto existem mais de 3.000 agregados em habitações de renda apoiada e que no programa Arco-íris, que em 2010 arrancou com uma parceria entre a autarquia e a Caixa Geral de Depósitos, foram apoiados até ao momento 98 famílias e existem 251 candidaturas em curso.

A empresa municipal de Gaia, na resposta datada de 19 de maio, também avança que tem o objetivo de reabilitar 150 casas de habitação social até ao final deste ano e que "já decorre a obra de reabilitação de 15 delas".

"Pelo que muito breve procederemos ao realojamento de 15 agregados familiares", lê-se na resposta assinada pelo presidente do conselho de administração da Gaiurb, António Miguel Castro, que esclarece, ainda, que o Programa de Arrendamento Acessível "ainda não se encontra implementado".

A CDU/Gaia manifesta, então, dúvidas sobre este programa apontando que "não se sabe ao certo qual o número potencial de agregados que poderiam beneficiar" e, quanto ao "Arco-Íris", considera que "está estagnado desde 2014".

"O parque habitacional camarário inclui algumas dezenas de habitações devolutas por necessidade de obras, e apesar de prometidas 150 reabilitações em 2020, apenas 15 se encontram em curso. Cerca de 2000 agregados com processo homologado para atribuição de habitação, a que acrescem muitos outros pedidos recusados por via de um regulamento já de si muito limitativo", são outras das críticas da coligação.

Assim, a CDU/Gaia exige que seja formulada a "Estratégia Local de Habitação" prevista na chamada "Nova Geração de Políticas de Habitação", mas exige a intervenção do Estado, o qual acusa de "reiteradamente empurrar para as autarquias um conjunto de responsabilidades" na área da habitação que "se viriam a revelar ruinosas para muitas delas, devido ao endividamento bancário daí resultante".

"Nos últimos anos temos assistido, por força do crescimento predatório do chamado 'alojamento local' e em consequência da 'Lei das Rendas' do Governo PSD/CDS, ao aumento de despejos e de termo de contratos, sem que as pessoas envolvidas consigam encontrar alternativas acessíveis", criticam ainda os comunistas.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório