Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 19º

Rui Tavares quer puxar PS para a esquerda e PCP para o centro

O eurodeputado e ex-militante do BE Rui Tavares propõe que o seu Partido Livre, ainda por formalizar, seja a "alavanca do meio da esquerda", seduzindo o PS e o PCP com o objetivo de fazer Governo.

Rui Tavares quer puxar PS para a esquerda e PCP para o centro
Notícias ao Minuto

19:15 - 21/12/13 por Lusa

Política Livre

"Achamos absurdo que a esquerda tenha andado, durante muitos anos, a mandar o PS para os braços da direita. É verdade que o PS, muitas vezes, quis ir, mas nós facilitámos a vida ao PS. É preciso dificultar a vida. Acho que há muita gente no PS e no povo português que nos agradecerá. Há que puxar o PS para a esquerda, dizer-lhe que há um Governo a fazer à esquerda", disse à Lusa.

Entre momentos de trabalho na assembleia constitutiva do novo partido, ainda a angariar assinaturas para a sua formalização, mas com a data de 31 de janeiro assente para um congresso fundador, Tavares não exclui os comunistas do seu projeto.

"O PCP também. Toda a gente faz imensas carantonhas e puxa pela corda, mas a esquerda não sai do mesmo sítio. É preciso encontrar o ponto da alavanca, que consideramos que é o meio da esquerda, e, se acharmos um ponto de apoio, como dizia o Arquimedes, nós levantamos o Mundo. Não precisamos de levantar o Mundo, era só levantar Portugal e a esquerda portuguesa", afirmou.

Sobre o recente "Manifesto 3D" ("Dignidade, Democracia, Desenvolvimento"), um documento que inclui subscritores participantes no Congresso Democrático das Alternativas, como Daniel Oliveira, Carvalho da Silva, Boaventura Sousa Santos, entre muitos outros, o também historiados e colunista contou que o mesmo foi incluído, por proposta em plena assembleia constitutiva, no conjunto de textos de referência da nova força política.

"Consideramos que as preocupações que ali estão (manifesto) são muito semelhantes às que nós temos. Quem tem as mesmas preocupações não tem razão, seja tática, individual ou qualquer outra, para não colaborar e tentar ter um programa progressista para o país", declarou.

As eleições para o Parlamento Europeu, em 25 de maio, não são o único fito do Partido Livre, perspetivando-se um plano mais lato.

"Não somos uma plataforma para as europeias. Queremos ser uma corrente de opinião a ocupar um espaço político que considerámos que até agora não estava a ser ocupado. É uma coisa para médio-longo prazo, com mais sucesso, menos sucesso, logo se vê...", frisou.

Rui Tavares garantiu que "o Livre tem um discurso e ideias para a Europa e saberá o que fazer se merecer mandatos para o próximo quinquénio em termos de políticas para 500 milhões de pessoas (União Europeia)".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório