PSD quer saber quantos meios aéreos estão disponíveis para os incêndios
A bancada parlamentar social-democrata exige ainda ao Governo "uma maior transparência e humildade na abordagem" ao planeamento do combate contra os incêndios no país.
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Política PSD
O Grupo Parlamentar do PSD entregou, este domingo, uma pergunta dirigida ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, referente ao plano de combate aos incêndios em Portugal.
Em causa está o facto de no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2020 "não estarem operacionais diversos meios aéreos, deixando alguns distritos, como por exemplo Braga, Portalegre, Setúbal e Beja sem qualquer meio aéreo de combate aos incêndios".
“Deveriam estar já no terreno três meios aéreos de coordenação, um no distrito de Coimbra, outro no de Portalegre e um terceiro em Viseu que também não estão ainda operacionais", pode ler-se no documento redigido pelos sociais-democratas.
Relativamente aos meios de ataque previstos para o período de 15 a 31 de maio, os parlamentares apontam também que "faltam pelo menos 8 helicópteros face à informação divulgada pelo Ministério da Administração Interna", designadamente os helicópteros previstos para: Fafe, Ourique, Cernache, Portalegre, Grândola , Santa Comba Dão, Vila Real e Alfandega da Fé”.
Assim, o PSD quer saber "quando prevê o Governo que os meios aéreos previstos para 15 a 31 de maio, estejam de facto operacionais", "quantos meios aéreos de combate aos incêndios, e em que locais, estiveram de facto operacionais entre 15 e 31 de maio" e como é que o Executivo "justifica este atraso na operação de meios aéreos que deixa pelo menos quatro distritos do país sem qualquer apoio aéreo no combate aos incêndios".
Sobre o futuro, o maior partido da oposição exige ainda um esclarecimento sobre se serão garantidos, na fase seguinte, que se inicia a 1 de junho, "os meios aéreos previstos no DECIR 2020", se "vão estar todos no terreno e operacionais" e se há "conhecimento de outras falhas face ao planeamento previsto para esta época".
“Numa matéria tão sensível, num setor com o histórico que este Governo tem, exigia-se uma maior transparência e humildade na abordagem a esta questão. Os deputados do PSD não podem aceitar que a esta já de si muito preocupante falha de gestão e planeamento, se some a total falta de transparência política em todo este processo. Esta é uma matéria de segurança nacional onde não admite qualquer jogo político. Este é um tema de união entre os portugueses e não de divisão ou ocultação”, é ainda sublinhado.
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