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Costa sobre Centeno. "Escolha do governador será feita nos termos da Lei"

O PAN abriu o debate quinzenal, desta quarta-feira, confrontando o primeiro-ministro com a possibilidade de o ministro das Finanças vir a assumir o cargo de governador do Banco de Portugal.

Costa sobre Centeno. "Escolha do governador será feita nos termos da Lei"
Notícias ao Minuto

15:28 - 20/05/20 por Mafalda Tello Silva

Política Covid-19

O quarto debate quinzenal consecutivo em tempo de pandemia, aberto pelos partidos, arrancou com André Silva, deputado e porta-voz do PAN, a trazer à Assembleia da República a hipótese de o ministro Mário Centeno vir a desempenhar o cargo de governador do Banco de Portugal. 

Considerando que não se discute a qualidade do trabalho de Centeno enquanto ministro das Finanças, o dirigente do PAN defendeu que o governante não conseguiria ser "imparcial" enquanto governador, pois iria ter de avaliar as suas próprias decisões enquanto ministro. 

Questionado sobre se conseguia garantir que Centeno não iria dar um "salto direto" do Governo para o Banco de Portugal, António Costa afirmou que "a escolha do próximo governador será feita nos termos da Lei". 

"Quando chegar a altura, ao contrário do que foi feito pelo meu antecessor, procederei à audição e à consulta de todos os partidos desta Assembleia da República", garantiu o chefe do Governo, sublinhando que a opinião do PAN sobre esta matéria será ouvida, assim como as dos restantes partidos com assento parlamentar. 

Sobre o trabalho desenvolvido até hoje por Mário Centeno enquanto ministro das Finanças, António Costa referiu, com humor, que "não há unanimidade de que Mário Centeno é um bom ministro das Finanças" porque existe quem o considere "um muito bom" ou "óptimo" ministro, comentário que contou com palmas da bancada socialista. 

Na sua intervenção inicial, André Silva recordou também a proposta do PAN, que refere que deve haver um intervalo de cinco anos entre o desempenho de funções no Governo ou na Banca Comercial antes de poder ser assumido um cargo no Banco de Portugal.

O deputado do PAN quis saber se o primeiro-ministro "não vê nenhum conflito de interesses ou problema ético nestas eventuais nomeações". Depois da resposta do chefe de Governo, o porta-voz do PAN fez questão de "registar que [Costa] não vê nenhum conflito de interesses, ou problemas éticos, na nomeação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal". 

Recorde-se que a possibilidade de Mário Centeno vir a ser o próximo governador de Portugal foi trazida ao debate público após Carlos Costa, atual governador do Banco de Portugal, ter defendido que o ministro das Finanças tinha "todas as condições" para ocupar a sua posição, numa entrevista ao jornal Expresso, divulgada no passado sábado. 

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