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Mendes elogia "bom senso" da Igreja e critica "mau exemplo" no 1º de Maio

Comentador diz inclusive que, ao manter as celebrações sem peregrinos, a Igreja Católica mostrou o bom senso que faltou à CGTP no 1.º de Maio.

Mendes elogia "bom senso" da Igreja e critica "mau exemplo" no 1º de Maio
Notícias ao Minuto

21:23 - 03/05/20 por Notícias Ao Minuto

Política Marques Mendes

Lembrando que havia dito não ser favorável à realização das concentrações do 1.º de Maio, Marques Mendes defendeu, no seu espaço habitual de comentário na SIC, que "governar é sobretudo dar o exemplo" e que quando assim acontece, "é-se muito mais eficaz". "Quando se dão maus exemplos, perde-se autoridade", criticou o comentador social-democrata, considerando que foi o que aconteceu no caso do Dia do Trabalhador. 

Marques Mendes frisou que a celebração na Alameda, em Lisboa, foi "um mau exemplo" por duas razões.

Em primeiro lugar, "as autoridades disseram que tinha de se evitar nesta fase da pandemia grandes concentrações e grandes aglomerados de pessoas. Logo a seguir abriu-se uma exceção para celebrações do 1.º de Maio".

Depois, "o Governo decretou para este fim de semana que está a terminar que não era possível circular entre concelhos (...) e abriu logo uma exceção para os autocarros da CGTP". 

Salvaguardando o "esforço" da CGTP em manter as normas de proteção, para o comentador, a conclusão a tirar é que "o que fica para história para a sociedade em geral é que para uns aplica-se as regras, para outros abrem-se exceções". "E isto mina a credibilidade do poder político, porque foi o poder político, mina a sua autoridade, leva a que as pessoas fiquem indignadas", sublinhou.  "Não se queixem se as pessoas começarem por isso mesmo a facilitar e a prevaricar. Quando se abre um precedente, uma exeção ou duas, abrem-se  10, 20 ou 30", vaticinou.

No seguimento do assunto 1.º de Maio, o antigo líder do PSD quis ainda dar uma palavra sobre a decisão da Igreja Católica em manter as celebrações em Fátima, no 13 de Maio, sem peregrinos.  "A posição da Igreja Católica é de saudar, é uma posição de grande bom senso, de enorme sentido de responsabilidade, uma decisão de luva branca", elogiou. "O bom senso que faltou no 1.º de Maio quer à GCTP quer ao poder político em geral. É uma pena, não havia necessidade", rematou. 

De recordar que a ministra da Saúde disse ontem em entrevista à SIC, e reafirmou hoje na conferência diária, que as celebrações do 13 de Maio em Fátima "são uma possibilidade", esclarecendo que "celebrantes e peregrinos não são a mesma coisa". Marta Temido disse ainda que as autoridades de saúde "estão obviamente disponíveis para apoiar a Igreja Católica" na definição das regras específicas. 

Recorde-se que, a 6 de abril, o Santuário de Fátima anunciou que a Peregrinação Internacional Aniversária de maio será este ano celebrada sem a presença física de peregrinos, devido à Covid-19, mas que se mantêm as principais celebrações.

Portugal entrou às 00h00 de hoje em situação de calamidade devido à pandemia de Covid-19, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março. Neste novo período da situação de calamidade, vai ser obrigatório o uso de máscaras em transportes públicos, nos serviços de atendimento ao público, escolas e nos estabelecimentos comerciais e de serviços abertos ao público, mantendo-se as recomendações de higiene das mãos e etiqueta respiratória, assim como de distanciamento físico.

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