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"Ensino Básico muito dificilmente terá aulas presenciais este ano letivo"

Presidente do PSD pediu ainda que os portugueses continuem a cumprir as regras de confinamento.

"Ensino Básico muito dificilmente terá aulas presenciais este ano letivo"
Notícias ao Minuto

20:12 - 08/04/20 por Notícias Ao Minuto

Política Rui Rio

Rui Rio esteve, esta quarta-feira, reunido com o primeiro-ministro, António Costa, para falar sobre a reabertura da escolas. À saída de São Bento, o líder do PSD sublinhou que os ensinos Básico e Pré-escolar muito dificilmente voltarão a ter aulas presenciais neste ano letivo, destacando ainda a convergência que tem existido com o Governo sobre este tema.

"O PSD só saberá se concorda daqui a três semanas com a reabertura da escolas. Neste momento, na prática, não concordo porque não se sabe como estaremos nessa altura. Como é que se podia decidir hoje a abertura das escolas a 4 ou 5 de maio? Não poderia concordar. Mas não é isso que é proposto pelo Governo".

Rio explicou que "o que é proposto pelo Governo é daqui por umas três semanas analisarmos se há condições ou não. Daqui por três semanas concordaremos ou não em função dessas condições. Agora, como tem havido ao logo deste tempo, uma sintonia de posições relativamente a esta circunstancia: ou há condições de segurança e então sim, ou não há condições de segurança e então mais vale não arriscar. Aqui acho que há uma posição comum", começou por dizer o líder dos sociais-democratas.

Rui Rio salientou ainda que os alunos do Ensino Básico não deverão voltar às escolas, mas sublinhou que estes estudantes vão ter aulas em casa. "No ensino Secundário poderá ser possível. Agora aquilo que nós defendemos junto do Governo é que, a haver o reinício das aulas do secundário, terá de ser só com uma segurança muito grande relativamente às condições que o país nesse momento possa ter", enfatizou.

"Relativamente ao ensino Básico vai ser muito difícil que possa haver aulas presenciais e o pré-escolar a mesma coisa. Estamos a falar de aulas presenciais e não do modelo entretanto desenhado para fazer através da televisão e dos computadores", atirou, antes de reforçar a ideia de que os alunos terão avaliações e que não existirão passagens administrativas.

"Há um ponto importante que dissemos e que foi aceite que é o que tem de haver avaliação dos alunos, quer no básico quer no secundário. Não haver avaliação nenhuma seria absolutamente dramático. Seria equivalente àquilo que foram as passagens administrativas à 40 anos atrás no 25 de abril. É preciso que as pessoas percebam que não ganhamos nada em passar para o ano seguinte seja em que disciplina for se não a conhecermos, se não soubermos. Não ganhamos nada e assim vamos prejudicar o futuro. A avaliação não terá o mesmo rigor que teria noutras circunstancias, mas a avaliação tem sempre de haver", explicou.

Rui Rio deixou ainda um apelo para que os portugueses cumpram as medidas de confinamento impostas pelo Governo.

"Se as pessoas continuarem a cumprir com o rigor que têm comprido até à data, talvez eu posso estar, como eventualmente o primeiro-ministro, um pouco otimista. Mas para eu estar um pouco otimista é preciso que os portugueses cumpram. Se os portugueses não cumprirem eu ficarei pessimista daqui por três semanas", vincou.

"Como as coisas parece que estão um bocadinho melhor, se calhar as pessoas tenderão, a seguir à Páscoa, a aligeirar. Eu digo o contrário: como as coisas estão um bocadinho melhor, nós estamos e ganhar, e se estamos a ganhar, vamos manter o rigor para ganharmos em definitivo" (Rui Rio)

Para o líder do PSD, o pior que poderia acontecer seria, no momento em que se estão a obter alguns resultados, "as pessoas começarem a não cumprir, por saturação, com eficácia aquilo que está determinado". "E daqui por 15 dias ou três semanas voltarmos a ter tudo pior. Isso é que seria muito mau", alertou.

Assim, Rio deixou um apelo a todos os portugueses: "Se estamos a obter bons resultados, vamos manter o que estamos a fazer porque está a dar bons resultados".

"Na Páscoa eu tenho a certeza de que vão cumprir até porque as normas apertaram muito. A seguir à Páscoa estas normas excecionais já não existirão, mas existirão as outras que nós temos de cumprir", insistiu.

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