É neste Portugal que Cabrita se "reconhece e que iremos prosseguir"
Eduardo Cabrita responde, esta quarta-feira, no Parlamento sobre o caso relativo à detenção de elementos do SEF acusados de homicídio.
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Política SEF
O ministro da Administração Interna é ouvido, esta quarta-feira, no Parlamento sobre o caso que envolve três elementos do SEF acusados de homicídio de um ucraniano no aeroporto de Lisboa. Nesta audição pedida pelo Bloco de Esquerda e pelo PAN, Cabrita começou por dizer, de acordo com a RTP3, "que jamais esteve numa situação que contrariasse mais os princípios que o Ministério da Administração Interna (MAI) e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) seguem".
O ministro recordou que o Governo decidiu regularizar os estrangeiros com pedidos pendentes devido ao Estado de Emergência em que o país vive para explicar que é "nesse Portugal" que se "reconhece e que iremos prosseguir".
Nesta audição, Eduardo Cabrita pretende "separar matérias de responsabilidade administrativa", à qual não deixará "de responder", de "matérias de responsabilidade da competência das autoridades judiciárias", esperando que os tribunais e a justiça sejam exemplares na situação.
O alegado crime em causa, recorde-se, terá sido cometido nas instalações do Centro de Instalação Temporária, no aeroporto de Lisboa, no passado dia 12, após a vítima ter supostamente provocado alguns distúrbios no local e tentado entrar em Portugal ilegalmente, considerando a PJ que os três inspetores do SEF são "os presumíveis responsáveis da morte".
Na sequência deste caso, a Inspeção-geral da Administração Interna abriu um inquérito à Direção de Fronteiras de Lisboa do SEF e o ministro Eduardo Cabrita determinou também a abertura de processos disciplinares ao diretor e subdiretor de Fronteiras de Lisboa, que entretanto se demitiram dos cargos, bem como a todos os envolvidos nos factos relacionados com a morte de um cidadão estrangeiro naquelas instalações.
Sem concretizar pormenores, o ministro da Administração Interna já anunciou que vai haver "mudanças profundas no modelo de funcionamento do Centro de Instalação Temporária do SEF" no aeroporto de Lisboa.
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